Vento forte dificulta combate a violento incêndio no interior do sotavento do Algarve

Três  meios   aéreos,   134   operacionais     e   45   veículos   estavam,   a meio da tarde de sábado, no   teatro  das operações.  Chamas   deflagraram   no   concelho   de   Vila   Real   de   Santo   António   e  alastraram   ao  de   Castro   Marim.  A22/Via  do  Infante  foi cortada ao  trânsito.  Fogo acabou por ser dominado ao inicio da noite.

Um incêndio com grandes proporções atingiu, no sábado, dia 22/05/2021, à tarde, zonas de mato, a que se juntaram algum povoamento florestal e áreas com habitações dispersas, situadas no interior do concelho de Vila Real de Santo António, tendo chegado ao limite do de Castro Marim. O vento intenso dificultou a ação dos bombeiros, numa altura em que estiveram três meios aéreos no teatro das operações.

Dois  aviões  provenientes  de  Beja  e “vento  norte   com   várias    rotações   e    projeções”

“O alerta foi dado às 15h50m. e no local estão 134 operacionais dos corpos de bombeiros do Algarve, 45 veículos e três meios aéreos – um helicóptero com base em Loulé e dois aviões médios, provenientes de Beja”, disse, ao Litoralgarve, pelas 18h.17m., fonte do Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Faro, destacando o facto de o incêndio lavrar com “bastante intensidade” devido ao “vento norte com várias rotações e projeções, o que dificulta” as ações do seu combate. Os meios que se encontram no teatro das operações “estão a resolver neste momento” a situação, “não havendo habitações afetadas”, acrescentou o CDOS de Faro. 

“Nesta zona existem muitos sobreiros, azinheiras e mato”

O incêndio “está no limite do concelho de Castro Marim”, afirmou, pouco depois das 18h.20m, ao Litoralgarve, o presidente da Câmara Municipal, Francisco Amaral, não escondendo a sua preocupação pelo facto de contar “com várias frentes e o vento ser superior a 30 kms por hora”. “Nesta zona existem muitos sobreiros, azinheiras e mato”, além de casas “com pessoas muito próximas”, referiu o autarca.

“Há muitas habitações dispersas nesta zona e terrenos com abacates, que até poderão ajudar a parar o incêndio”, contaram, na altura, ao Litoralgarve, numa propriedade situada no concelho de Castro Marim

A A22/Via do Infante chegou a estar cortada ao trânsito entre os nós de Monte Gordo e Tavira. O helicóptero utilizou pelo menos uma das charcas das quintas de abacates da empresa JBI, situadas na zona de Altura, no concelho de Castro Marim, a fim de se abastecer de água para o combate às chamas. “Há muitas habitações dispersas nesta zona e terrenos com abacates, que até poderão ajudar a parar o incêndio”, contaram, na altura, ao Litoralgarve, numa propriedade, onde um trabalhador com uma máquina agrícola conseguiu travar os pequenos focos que ali se propagavam.  Noutros terrenos, existem animais, nomeadamente vacas. Ninguém esteve em perigo. Ao início da noite de sábado, o incêndio foi considerado controlado.

José Manuel Oliveira

Paulo Silva

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