Para já, estão envolvidos no combate às chamas mais de 300 operacionais, com o apoio de 96 meios terrestres e 11 aéreos. Três dezenas de pessoas, na sua maioria estrangeiras, que vivem na zona onde deflagrou o fogo, tiveram de ser retiradas e levadas para a aldeia da Pedralva. Segundo apurou o Litoralgarve, a origem do incêndio poderá ter sido uma faísca a partir de uma máquina de roçar mato, numa operação que estaria a ser efetuada por um popular. A GNR investiga.
Um incêndio com grandes dimensões está a consumir uma vasta área de mato, pinheiros e eucaliptos no concelho de Aljezur, tendo atingido já o concelho de Vila do Bispo e obrigado ao corte da Estrada Nacional 125, entre as zonas de Búdens e o acesso a Burgau. Por enquanto, não há casas em perigo.
Neste momento, a preocupação é que o fogo chegue a Barão de São e Barão de São Miguel
As chamas estão a ser combatidas por um total de 323 operacionais, com o apoio de 96 meios terrestres e 11 aéreos. Neste momento, a preocupação é que chegue a Barão de São Miguel e Barão de São João.
Inicialmente, o fogo obrigou à retirada, por parte de militares da Guarda Nacional Republicana (GNR), de cerca de três dezenas de pessoas, muitas delas estrangeiras, que vivem em casas fabricadas em madeira e em roulotes, em locais dispersos na zona de Vilarinha, no concelho de Aljezur, onde deflagraram as chamas perto das 13h00 desta sexta-feira, dia 19 de Junho de 2020. Os habitantes foram levados por precaução para a aldeia da Pedralva.
Segundo apurou o Litoralgarve, a origem do fogo poderá ter sido uma faísca que saltou a partir de uma máquina de roçar mato, numa operação que estaria a ser efetuada por um popular. A GNR está a proceder a investigações no terreno.
“O VENTO NORTE E NOROESTE ESTÁ A COMPLICAR A AÇÃO DOS BOMBEIROS”, CONTA AO LITORALGARVE JOSÉ FRANCISCO ESTEVÃO, PRESIDENTE DA JUNTA DE FREGUESIA DA BORDEIRA, DO CONCELHO DE ALJEZUR
“Há duas frentes ativas mais complicadas, uma das quais está a progredir em direção a sul, à mata de Barão de São, situada no concelho de Lagos, e que é a pior neste momento. Outra frente segue em direção à Serra do Espinhaço de Cão, na fronteira entre os concelhos de Aljezur e Vila do Bispo”, contou ao Litorlgarve o presidente da Junta de Freguesia da Bordeira (Aljezur), José Francisco Estevao. A essas duas frentes, acrescentou, junta-se “uma terceira mais a oeste, atingindo as zonas de Vilarinho, Pedralva e Junqueira. “O vento norte e noroeste está a complicar a ação dos bombeiros no combate ao fogo”, sublinhou o autarca, que se encontra no teatro das operações. No concelho de Aljezur, já foi cortado o acesso a vários caminhos rurais e secundários.
Autor: José Manuel Oliveira