Vacina contra a Covid-19 a Isilda Gomes – CDU “não recebe lições de democracia da Coligação Municipal Servir Portimão”, que inclui o CDS-PP, Movimento Partido da Terra e da Partido Popular Monárquico

A CDU – Coligação Democrática Unitária – PCP- PEV e o Partido Comunista Português, em particular, não recebem lições de democracia do Grupo Municipal da Coligação Servir Portimão (CDS-PP/MPT/PPM).

Vem esta afirmação a propósito das declarações apresentadas pelo Grupo Municipal da Coligação Servir Portimão relativamente ao resultado da votação da Moção de Censura por eles apresentada contra “a atuação da Senhora Presidente da Câmara Municipal de Portimão”, no caso da “vacinação abusiva”.

Para a CDU, tanto é censurável quem “usufrui” indevidamente da vacina como quem pretende tirar dividendos políticos dessa ação.

A toma da vacina pela Presidente da Câmara de Portimão, bem como a responsabilidade de quem a disponibilizou, circunstâncias que se encontram em inquérito, são questões, neste momento, do foro penal e inspetivo, cuja responsabilidade será apurada em tal sede.

Para a votação favorável da moção de censura e respetivo juízo político pela CDU, a Assembleia Municipal teria de conhecer os factos concretos em que ocorreu. Ora, até à presente data não foi remetida qualquer informação escrita quer pelo CHUA, quer pela ARS ou ainda pela Sra. Presidente, para que a Assembleia Municipal pudesse fazer o juízo político adequado, sem cair em derivas populistas.

Entendeu, assim, a CDU não dar carta branca a uma moção de censura que colide com princípios democráticos que a CDU repudia, de condenação sem apelo nem agravo.

A CDU, também não ajudará o Servir Portimão a promover a figura da Dra. Isilda Gomes, vitimizando-a, e muito menos embarcará em reações populistas e politicamente censuráveis.

A CDU considera que o que é realmente importante é a vacinação, o mais breve possível, de todos os portimonenses e não o pérfido aproveitamento político de uma ação aparentemente errada da Presidente da Câmara Municipal.

O processo de vacinação no país não é soberano, submetendo-se aos ditames da União Europeia.

As dificuldades evidentes no curso do processo de vacinação resultam da opção de fundo que foi tomada, por uma estratégia assente exclusivamente em parcerias público-privadas (PPP), entre a Comissão Europeia e seis multinacionais farmacêuticas. Portugal é, por isso, um dos países mais prejudicados pelos atrasos anunciados pelas farmacêuticas.

É esta União Europeia que defende, num momento de pandemia, os grandes interesses das multinacionais farmacêuticas que PS, PSD e CDS apoiam. Esta é a essência da escassez da vacina. É esta a discussão que verdadeiramente interessa e que o Servir Portimão não quer ter, pois nessa matéria, acerta agulhas com o PS.

O Partido Comunista Português festejou no dia 6 de março de 2021 o seu Centenário, durante todos este longo período, de um século, lutou na clandestinidade pela liberdade, e após a Revolução de Abril, esteve sempre na vanguarda na defesa do poder local e das populações.