Procissão em honra de Nossa Senhora dos Aflitos, perto de Lagos, juntou mais de 150 fiéis

Mesmo assim, “notou-se menos gente, neste ano” na Festa de Nossa Senhora dos Aflitos, reconheceu uma senhora ao nosso Jornal. Velas e orações marcaram o final das celebrações, numa altura em que, num pequeno bar improvisado, ainda se vendiam bolos e filhoses.

Houve menos pessoas, neste ano, mas a fé manteve-se durante a Festa de Nossa Senhora dos Aflitos, que teve lugar no dia 27 de Agosto de 2023, entre as 10.00 e as 19.00 horas, junto à capela com o mesmo e perto do aeródromo de Lagos. A organização esteve a cargo da Paróquia de São Sebastião, com o apoio da Junta de Freguesia de São Gonçalo de Lagos.

Quermesse, venda de bolos, filhoses, velas e outros artigos religiosos, além do leilão de um leitão assado e fruta

Este tradicional evento religioso começou, como é habitual, com quermesse e venda de velas, bolos, filhoses e outros artigos, nomeadamente terços, alguns dos quais, em madeira, vendidos por cinco euros. Sensivelmente pelas 13.30 horas foi celebrada uma eucaristia, a que se seguiu o leilão de um leitão assado, fruta e uvas, entre outros produtos alimentares. Já pouco depois das 18.00 horas, teve início a procissão em honra de Nossa Senhora dos Aflitos, orientada por dois sacerdotes e que juntou mais de 150 fiéis, entre mulheres, homens e jovens, em duas extensas filas, como constatou o ‘Litoralgarve, durante cerca de trinta minutos, nas duas ruas situadas nas imediações da zona onde se localiza a histórica capela. Os relógios marcavam 18.45 horas quando o andor com a figura de Nossa Senhora dos Aflitos entrou no adro, tendo as cerimónias sido dadas por concluídas após uma breve oração e a bênção das pessoas presentes.

“Em muitas festas noutras zonas do país, as procissões são maiores e levam mais andores. Mas esta também foi uma festa bonita”

“Notou-se menos gente, neste ano”, disse-nos uma senhora que vendia velas para acender num espaço reservado para o efeito e onde não faltaram orações. Nessa altura, ainda havia alguma expectativa sobre a venda de mais bolos e filhoses.

Por sua vez, Maria de Jesus, de 80 anos, residente em Ançã, no concelho de Cantanhede, situado no centro do país, confessou: “gostei muito desta Festa de Nossa Senhora dos Aflitos.” “A procissão foi diferente das que tenho acompanhado, pois contou só com um andor. Em muitas festas noutras zonas do país, as procissões são maiores e levam mais andores. Mas esta também foi uma festa bonita e acho que estava muita gente”, acrescentou a senhora.

José Manuel Oliveira