PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE LAGOS NÃO PENSA EM RECORRER AOS TRIBUNAIS COM UMA PROVIDÊNCIA CAUTELAR PARA IMPEDIR O ENCERRAMENTO DOS CTT NA LOCALIDADE DA LUZ

Como presidente da Câmara Municipal de Lagos e da Associação Terras do Infante (que integra este concelho, o de Vila do Bispo e Aljezur), a socialista Joaquina Matos admite falar pessoalmente “com quem for preciso”, desde o Presidente da República, Marcelo Rebelo de  Sousa, ao primeiro-ministro, António Costa, de forma a impedir o encerramento dos postos dos CTT da localidade da Luz, de Sagres e de Aljezur.

“ATÉ SE FOR PRECISO FALA-SE COM O DIABO…”

“Esta situação está, agora, em cima da mesa, portanto começámos a nossa luta contra o encarramento dos balcões dos CTT. Vamos falar com quem for preciso. Nos cargos em que estamos e com os problemas que temos, para arranjarmos soluções até se for preciso fala-se com o diabo…” – afirmou, lacónica e já entre gargalhadas, ao «Litoralgarve», Joaquina Matos, no passado sábado, dia 15/12/2018, à saída da sede do Clube Recreativo e Cultural Luzense, na vila da Luz, no concelho de Lagos, onde se realizou a primeira reunião promovida pela Junta de Freguesia local, a fim de debater o anunciado fecho da estação dos CTT.

“O SENHOR PADRE DA LUZ É PESSOA PARA SE UNIR AO POVO”

E no meio de toda a confusão agora provocada pela administração daquela empresa, a autarca também pensa pedir apoio à Igreja Católica, nomeadamente ao pároco da Igreja da Senhora da Luz, José Manuel Pacheco. “O senhor padre da Luz é pessoa para isso, para se unir ao povo”, notou, com convicção.

 Por outro lado, Joaquina Matos rejeitou, pelo menos para já, a possibilidade de recorrer à justiça, através de uma providência cautelar, uma das ideias contidas num folheto distribuído por um popular a anteceder àquela reunião na Luz, numa alusão à posição tomada junto do Tribunal Administrativo de Loulé para impedir a exploração de petróleo na costa vicentina ao largo de Aljezur.

“O PETRÓLEO É O PETRÓLEO. AGORA ESTAMOS NOS CTT”

“O petróleo é o petróleo. Agora estamos nos CTT”, limitou-se a dizer Joaquina Matos ao «Litoralgarve», garantindo estar “muita preocupada com a questão dos correios”. Mas por “agora não” pensa em colocar o assunto nos tribunais com uma providência cautelar.