PSD – Lagos reage com “tristeza e desalento” à noticia da inclusão do concelho de Lagos na lista de concelhos de alto risco de Covid 19.

O alastrar do número de infectados era esperado devido ás dinâmicas próprias da pandemia e o relaxamento das medidas de contenção do movimento de cidadãos. Os sinais confusos que as autoridades sanitárias têm transmitido à população, mostrando dois pesos e duas medidas conforme lidam com os pequenos negócios e comerciantes ou com os grandes grupos económicos da distribuição alimentar e comércio por um lado e por outro permitindo eventos politicos e desportivos e proibindo os eventos tradicionais e populares, não acautelando no entanto nos grandes centros urbanos os meios de transporte suficientes e adequados à segurança das populações que necessitam de se deslocar para os locais de trabalho também têm sido factores de desmobilização social e propagação da infeção. Durante os meses de verão o governo através da DGS não tratou de acautelar e preparar uma eventual e mais do que esperada segunda vaga de infectados, articulando uma resposta capaz entre o SNS, o sector privado e o sector social, evitando assim a rotura dos serviços. Obriga-se assim mais uma vez a sacrificar a economia, destruindo milhares de empresas e postos de trabalho, sobrecarregando uma segurança social que já se encontra em rotura. Estas medidas com limitações de horários de funcionamento são quanto a nós desajustadas e ineficazes porquanto sobrecarregam num horário mais apertado um número de utentes de serviços que não deixarão de utilizar as superficies comerciais quaisquer que elas sejam, fazendo com que mais pessoas estejam num mesmo espaço em determinado momento.

São contas simples, lógicas e de bom senso: se um determinado número de pessoas quiser fazer compras num local num determinado dia e tiver 12 horas para as fazer e se de repente em vez de 12 horas passar a ter só 5 horas, a concentração de pessoas nesse espaço será muito maior. Não conseguimos perceber a lógica que sustenta estas decisões do governo e pensamos que a maioria das pessoas também não.

Resta-nos apelar a todos os cidadãos que cumpram as regras básicas do bom senso e segurança nesta situação de emergência sanitária: desinfeção das mãos à entrada e saída de todos os espaços públicos, utilização de máscara onde não seja possível manter a distância física recomendada e evitar contactos físicos desnecessários.

Autor: Pedro Moreira/Presidente da CPS do PSD – Lagos