Investimento de 16,5 milhões de euros, comparticipado em 6,5 milhões pelo programa operacional MAR2020, com a criação de 75 postos de trabalho.
Capacidade para receber e processar até 300 toneladas de pescado por dia e armazenar até 5.200 toneladas.
Aposta na sustentabilidade da atividade pesqueira e dos recursos.
Será uma referência na Península Ibérica – trabalhando em colaboração com os pescadores locais, tendo já estabelecido acordos com armadores e pescadores de diferentes localidades, como Lagos, Portimão, Olhão, Sines, Sesimbra, Peniche e Matosinhos.
Congelagos terá uma vocação exportadora, destinando cerca de 79% da sua produção para países como Espanha, Reino Unido, Malta, Croácia e Turquia.

Nuno Battaglia, diretor do grupo, regresso a Lagos após várias anos nos Estados Unidos:
Atraso da inauguração prendeu-se com a instalação de alguns equipamentos, mas a fábrica estará a funcionar a 100% a partir do final de abril ou início de maio, quando começar a época do carapau e da cavala – até final de setembro.
Já temos acordos com armadores de pesca de todo o país, mas vamos privilegiar os pescadores do Algarve, porque é mais fácil garantir a frescura e a qualidade do peixe.
Objetivo de exportação – colocar espécies pouco consumidas em Portugal em mercados onde são mais valorizados e bem pagos.
Apostamos na captura e venda de espécies que existem em grande abundância na nossa costa, como o carapau e a cavala.
Pretendemos colocar o nosso peixe no topo dos mercados globais. Isso vai permitir aumentar os preços e os lucros de toda a cadeia, a começar pelos pescadores.
A cavala e o carapau têm boa cotação nos mercados globais, mas não em Portugal.
Maria Joaquina Matos:
Este é um momento muito bom para Lagos, para o Algarve e para todo o país, porque não é todos os dias que se assiste à inauguração de uma fábrica desta dimensão, que vai gerar riqueza e muitos empregos. Além disso, trata-se do retomar da indústria ligada ao mar na nossa região e vem diversificar o nosso tecido empresarial e económico.
A primeira fábrica de peixe em Lagos foi inaugurada em 1882.
Em 1908 – 10 unidades instaladas em Lagos (era o maior empregador da região)
Em 1920 – três dezenas de fábricas (até à década de 60 e 70, quando surgiu o turismo)
Agora, esta fábrica de congelação de peixe e moluscos vem criar novas oportunidades de negócio e criação de empregos – um empresário que voltou à sua terra preocupado com o lucro, mas também com os seus trabalhadores, o ambiente e a economia regional.
Ana Paula Vitorino, ministra do Mar:
A economia do mar é uma prioridade deste Governo. Apesar da importância do turismo, a pesca representa um terço da economia do mar e queremos que continue a crescer.
A Congelados está a apostar em espécies (carapaus, cavalas e polvo) que nós temos em excedente. Ou seja, não existe nenhum problema do ponto de vista ambiental, porque as cotas de captura destas espécies ficam sempre abaixo dos limites, uma vez que a sua mais-valia é muito menor do que a sardinha.
Desta forma, vamos valorizar uma espécie que existe em abundância e melhoramos toda a fileira até chegar aos consumidores.
Criação de postos de trabalho mais qualificados.
Repescar o passado como alternativa à monocultura do turismo.
Há pouco projetos na área do mar em que o investimento privado seja superior ao investimento público, como neste caso (mais de 6 milhões do MAR2020)