Homem assalta mini-mercado à pedrada, de noite, na Rua Infante de Sagres, em Lagos, e leva 150 maços de tabaco, 500 euros e um computador

“Pelas imagens, é possível ver que o ladrão é um homem vestido de preto, tinha um gorro na cabeça e o assalto nem chegou a demorar um minuto”, descreveu, ao Litoralgarve,  o proprietário do estabelecimento, Talwinder Singh, de 32 anos, nacionalidade indiana e que está em Portugal desde 2015. PSP de Lagos tomou conta da ocorrência e as suspeitas apontam para o mesmo indivíduo que tem cometido vários assaltos nesta cidade.

Um homem assaltou na terça-feira, 06 de Abril de 2021, pelas 6h30m, o mini-mercado ‘Drink Halle’, situado na Rua Infante de Sagres, nº.46, em Lagos, após partir o vidro da porta com uma pedra, tendo roubado maços de tabaco, um computador e 500 euros que estavam guardados numa caixa, segundo o proprietário, Talwinder Singh, de nacionalidade indiana.

“Fiquei sem 150 maços de cigarros, no valor de 700 a 1.000 euros, um computador e 500 euros que tinha deixado na caixa. No total, o prejuízo ascende a cerca de 2.000 euros”

Rua Infante de Sagres-Lagos

“Recebi uma chamada no telemóvel, pelas 06h40m, da empresa de videovigilância a alertar para o assalto. Quando aqui cheguei, havia vidros espalhados pelo chão e uma pedra grande, que serviu para partir o vidro da porta de entrada, foi parar ao fundo do estabelecimento. Fiquei sem 150 maços de cigarros, no valor de 700 a 1.000 euros, um computador e 500 euros que tinha deixado na caixa. No total, o prejuízo ascende a cerca de 2.000 euros”, contou ao Litoralgarve o dono do mini-mercado, ainda incrédulo com o sucedido.

E acrescentou: “pelas imagens, é possível ver que o ladrão é um homem vestido de preto, tinha um gorro na cabeça e o assalto nem chegou a demorar um minuto”. Só o novo vidro da porta, que foi colocado poucas horas depois, “custou 55,35 euros”. “Não sei o que é que o seguro vai pagar”, observou Talwinder Singh, de 32 anos, a fazer contas à vida. Está em Portugal desde 2015 e abriu este mini-mercado, em Lagos, no dia 22 de Janeiro de 2021.

“Ouvi o barulho, fui ver o que se passava e ainda vi um indivíduo na rua com um saco às costas. Foi tudo muito rápido”, contou um vizinho

Na altura em que o empresário falava ao Litoralgarve, entrou no seu estabelecimento o vizinho que acordou com o barulho da pedrada que partiu o vidro durante o assalto. “Ouvi o barulho, fui ver o que se passava e ainda vi um indivíduo na rua com um saco às costas. Foi tudo muito rápido. Alertei, de imediato, a PSP e liguei para ele [o proprietário do mini-mercado], os agentes da autoridade apareceram logo e viram o que se passou”, recordou o vizinho, pedindo para não ser identificado nesta reportagem. “Já prestei declarações na polícia”, notou.

Utiliza uma pedra para partir as portas de vidro dos estabelecimentos e tem atuado, normalmente, de noite, mas num período fora de serviço do guarda-noturno, que há meses anda no seu encalço, já o tendo apanhado em flagrante em alguns crimes. O suspeito, de 40 a 50 anos, tem problemas de toxicodependência.

A Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lagos tomou conta da ocorrência, após queixa apresentada pelo dono do mini-mercado ‘Drink Halle’, existindo suspeitas de que o roubo poderá ter sido cometido pelo mesmo homem, de 40 a 50 anos, com problemas de toxicodependência e que, em poucas semanas, durante o mês de Março, assaltou vários estabelecimentos, entre os quais o restaurante Mimar e a Garrafeira Soares, além de moradias em diversas zonas da cidade e na Meia-Praia. Utiliza uma pedra para partir as portas de vidro dos estabelecimentos e tem atuado, normalmente, de noite, mas num período fora de serviço do guarda-noturno, que há meses anda no seu encalço, já o tendo apanhado em flagrante em alguns crimes.

“A polícia apanha os ladrões, o tribunal solta-os. Assim não há segurança”, desabafou um empresário, vítima da vaga de assaltos em Lagos

Esse homem acabou por ser detido, no dia 26 de Março de 2021, em Lagos, numa operação conjunta da PSP e da GNR, após uma busca à casa onde vive, ordenada pelo Ministério Público. Na altura, ficou nas instalações da Guarda Nacional Republicana para ser presente a tribunal. Acabou por sair em liberdade.

Esta vaga de assaltos em Lagos está a provocar um ambiente de insegurança entre comerciantes e proprietários de restaurantes. “A polícia apanha os ladrões, o tribunal solta-os. Assim, não há segurança”, desabafou, ao Litoralgarve, um empresário que já foi vítima de assalto e receia o aumento da criminalidade.

José Manuel Oliveira