Francisca Jorge e Matilde Jorge conquistam título de pares no primeiro The Campus Ladies Open

Sexto título do ano para a dupla vimaranense Bouzas e Wurth discutem título de singulares

A edição inaugural do The Campus Ladies Open coroou como primeiras campeãs as portuguesas Francisca Jorge e Matilde Jorge, que este sábado celebraram, no complexo multidesportivo da Quinta do Lago, no Algarve, a conquista do sexto título da época enquanto parceiras no circuito internacional. Nos singulares, a espanhola Jessica Bouzas Maneiro e a croata Tara Wurth apuraram-se para a final da prova de 25.000 dólares.

Primeiras cabeças de série, as irmãs vimaranenses de 22 e 18 anos, respetivamente, venceram na final a sul-coreana Yeon Woo Ku e a húngara Adrienn Nagy (quartas favoritas) pelos parciais de 6-4 e 6-4 após 1h19.

A final deste sábado foi o único encontro da semana no qual Francisca Jorge e Matilde Jorge encontraram resistência do início ao fim, mas, apesar da melhor réplica das adversárias, as duas jogadoras portuguesas conseguiram destacar-se nas retas finais de ambos os parciais para somarem mais um triunfo em dois sets.

A semana irrepreensível no The Campus traduziu-se no sexto título do ano para as irmãs vimaranenses em nove finais disputadas, juntando-se às vitórias em Santa Margherita di Pula (Itália), Montemor-o-Novo, Guimarães, Leiria e Lisboa.

No cômputo geral, este foi o 14.º título de pares da carreira para Francisca Jorge no circuito internacional, enquanto para Matilde Jorge tratou-se da oitava conquista.

“Fizemos um encontro sólido, contra as adversárias mais difíceis que defrontámos esta semana. Em relação às outras rondas a bola vinha mais rápida e mais compacta, o que tornava mais difícil ganhar confiança e coragem para fazer as interseções. Passou muito por acreditarmos que conseguíamos fazer as coisas com qualidade e ficarmos presentes. Hoje senti-me mais cansada e a Matilde puxou mais pela equipa, o que foi muito importante porque quando uma não está a 100% a outra tenta ajudar. Temos vindo a crescer muito como equipa e demonstrámos que mesmo não estando muito firmes mantivemos a frieza e fomos capazes de superar este desafio”, afirmou a mais velha das duas irmãs, Francisca Jorge.

Matilde Jorge destacou a evolução da dupla nos últimos 12 meses (foi em outubro de 2021 que disputaram a primeira final internacional como parceiras, em Loulé): “Olhando para essa final e para a de hoje não há comparação possível, porque evoluímos as duas individualmente e como equipa crescemos juntas. Somos irmãs, conhecemo-nos muito bem e como par quando uma não está tão bem a outra ajuda e vice-versa. Estamos sempre à procura de melhorar o nível e acreditamos cada vez mais, acho que é esse o principal fator.”

A primeira edição do The Campus Ladies Open ficará concluída no domingo, com a final de singulares — agendada para as 14 horas — entre Jessica Bouzas Maneiro (268.ª) e Tara Wurth (210.ª).

A tenista espanhola foi a primeira a inscrever o nome na decisão, graças a um triunfo por 7-5 e 7-5 sobre a portuguesa Francisca Jorge (número 324 do ranking WTA) em 1h55.

Se na véspera, quando venceu a francesa Tessah Andrianjafitrimo, recuperou de um break de desvantagem para ganhar vantagem no marcador, este sábado Francisca Jorge não conseguiu fechar o primeiro parcial com o serviço e acabou por sofrer a reviravolta. Num duelo marcado por nervos de parte a parte e trocas de bolas muito curtas, com vários erros de ambos os lados da rede, a número um nacional apresentou-se mais fresca fisicamente, mas não tirou proveito da vantagem em relação à espanhola, que há uma semana conquistou um título na Croácia e em terra batida.

“Senti que o início do encontro foi tremido de parte a parte, estávamos as duas nervosas e houve poucas trocas de bolas e alguns erros. Mesmo assim estava por cima e podia ter fechado o primeiro set, mas ao 5-3 deixei escapar um jogo que não foi bem jogado e que me tirou firmeza. Tive as minhas hipóteses para fechar o set e ganhar vantagem no segundo, mas senti o momento e isso acabou por não acontecer”, lamentou a melhor tenista portuguesa da atualidade. “Depois confesso que desacreditei um bocadinho no segundo set, quando ela estava muito agressiva e a colocar-me bastante pressão, mas lutei até ao fim e sinto que não perdi por muito, por isso espero conseguir arranjar forma de ser mais firme nos momentos importantes do próximo encontro.”

Depois de Jessica Bouzas Maneiro, a croata Tara Wurth completou o alinhamento da final com um triunfo por 6-3, 4-6 e 6-4 sobre a turca Cagla Buyukakcay, atual 310.ª do ranking que chegou a ser top 60 em 2016.

Terceira cabeça de série, a jovem de 20 anos (que em julho deste ano esteve no 158.º posto do ranking) tentará, no domingo, conquistar o terceiro título da época e quarto da carreira, enquanto Bouzas Maneiro (da mesma idade) perseguirá o quinto título da época e oitavo da carreira.