FESTA COM MAIS DE MEIA CENTENA DE PESSOAS EM ODIÁXERE, NO CONCELHO DE LAGOS, PROVOCA FOCO DE CONTÁGIO DE COVID-19

Inicialmente, o salão do Clube Desportivo de Odiáxere foi alugado para uma festa familiar destinada a duas dezenas de pessoas. Presidente da direção, Sofia Santos, chamou a Guarda Nacional Republicana quando viu que, afinal, estava a chegar mais gente e a festa acabou. “Sinto-me muito mal com tudo isto. É uma catástrofe”, confessa, desolada, ao Litoralgarve, aquela  dirigente. Pelo menos sete pessoas estão contaminadas e 60 aguardam os resultados aos testes efetuados.

Uma festa familiar no dia 07 de Junho (domingo), à noite, no salão do Clube Desportivo de Odiáxere, contribuiu para provocar um foco de contaminação relacionado com o novo coronavírus Covid-19 nesta localidade do concelho de Lagos.

“A GNR chegou, as pessoas foram pacíficas e saíram do salão, sem  problemas. Eram 21h40”, conta ao Litoralgarve a  presidente da Direção do Clube Desportivo de Odiáxere, Sofia Santos

“Aluguei o espaço para uma festa familiar para vinte pessoas, em que ponderei a situação. Estava no bar do clube, pois podia ser necessário dar algum apoio, e quando vi que estavam a chegar mais pessoas, além das vinte que o organizador  da festa me tinha garantido que eram as que vinham e não iria, depois, ter mão no controlo da situação, decidi chamar as autoridades. A GNR chegou, as pessoas foram pacíficas e saíram do salão, sem  problemas. Eram 21h40”, conta ao Litoralgarve a presidente da Direção do Clube Desportivo de Odiáxere, Sofia Santos, acrescentando que não conhece quem alugou o espaço.

“Não estive no interior do salão, não conheço as pessoas, nem quem organizou a festa e alugou as instalações”

 “Não estive no interior do salão, não conheço as pessoas,   nem quem organizou a festa e alugou as instalações”, garante  Sofia Santos, confessando sentir-se “muito mal” perante toda a situação resultante deste novo foco de contaminação da Covid, entretanto provocado na sequência daquele encontro em Odiáxere. “Sinto-me muito mal com tudo isto. Jamais queria que acontecesse uma situação desta natureza, com esta dimensão. É uma catástrofe”, lamenta ao Litoralgarve Sofia Santos, insistindo ter “alugado o salão do clube só para para vinte pessoas”. Segundo apurou o nosso Jornal, havia muita gente fora do Algarve nesse encontro. O salão está agora encerrado e vai ser alvo de descontaminação.

  Já o presidente da Câmara Municipal de Lagos, Hugo Pereira, diz que existem sete casos confirmados de Covid-19 e pelo menos 60 pessoas estão a aguardar os resultados aos testes efetuados. As pessoas contaminadas estão de quarentena.

Comunicado da Câmara Municipal de Lagos lamenta “evento festivo ilegal”

Num comunicado enviado na segunda-feira, dia 15 de Junho, aos órgãos de comunicação social, a Câmara Municipal de Lagos exprimiu a sua preocupação pelo sucedido, sem referir o local da festa. “A Câmara Municipal de Lagos, as forças de segurança e as autoridades de saúde, estão preocupadas com um foco de contágio ativo que está a ser identificado no concelho de Lagos. A origem deste foco, que veio colocar em causa o bom desempenho até agora registado em termos dos números da pandemia, está a ser atribuído à organização de um evento festivo ilegal, decorrido há alguns dias, o qual juntou um número avultado de pessoas”, começa por referir a nota de imprensa.

E acrescenta: “Apesar de ainda não constarem no relatório diário da Direção-Geral de Saúde, existem já alguns casos positivos confirmados, estando as entidades competentes a realizar testes, a determinar medidas de isolamento e a identificar as possíveis cadeias de contágio, de modo a que o foco fique o mais depressa possível circunscrito e controlado.”

Presidente da autarquia apela a “grande sentido de responsabilidade” e cumprimento das “medidas que estão recomendadas”

Trata-se de “uma situação que, para a autarquia, poderia ter sido evitada não fosse o incumprimento das medidas de prevenção que constantemente têm sido divulgadas”, sublinha o comunicado. “O Presidente da Câmara apela, por isso, a todos os munícipes, residentes, visitantes e operadores económicos, que, na medida do possível, procurem retomar as suas atividades, mas que o façam com grande sentido de responsabilidade e todos os cuidados e medidas que estão recomendadas para bem da saúde individual e bem-estar de toda a comunidade”, conclui.

Autor: Paulo Silva e José Manuel Oliveira

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