No âmbito do Dia Mundial da Dislexia, que se assinala a 10 de outubro, a DISLEX – Associação Portuguesa de Dislexia apela ao Estado para a necessidade de contratação de mais profissionais especializados para as escolas, de forma a que os alunos com dislexia possam ser melhor avaliados e acompanhados sem prejudicar as suas notas, algo que ainda não acontece na maioria das escolas do país.
Para Helena Serra, presidente da DISLEX – Associação Portuguesa de Dislexia, “as escolas, no caso de alunos com dislexia, mobilizam em geral apenas medidas universais (adaptações em sala de aula), uma situação que deixa os alunos desprotegidos e que faz com que as aprendizagens empobreçam e que as notas negativas se multipliquem. Apenas num número muito reduzido de casos, a Equipa Multidisciplinar de Apoio à Educação Inclusiva decide pela implementação de medidas seletivas para além das medidas universais. As medidas seletivas são fundamentais, uma vez que a maioria destes alunos podem precisar de apoio psicopedagógico, de adaptações curriculares e de reforço das aprendizagens”.
A dislexia afeta 600 milhões em todo o mundo e é mais comum do que se julga, afetando caras mundialmente conhecidas que se destacaram na comunidade e que evidenciam o lado positivo da patologia, nomeadamente Einstein, Picasso, Da Vinci, Agatha Christie, Van Gogh, Churchill e Spielberg.
Autor: Maria Oliveira