O suspeito é o mesmo homem, português, de 42 anos, que já assaltou, com uma pedra da calçada, dezenas de estabelecimentos no concelho de Lagos. Desta vez, demorou apenas “dez, quinze segundos”. O alarme não tocou e o proprietário do estabelecimento vai pedir explicações à respectiva empresa de segurança.
José Manuel Oliveira
Numa altura em que as forças de segurança reforçam a sua acção de vigilância para enfrentar a vaga de assaltos a estabelecimentos de vários ramos no concelho de Lagos, o restaurante ‘Repolho’, localizado no Largo Salazar Moscoso, nesta cidade, zona compreendida entre o parque de campismo da Trindade e a praia da Dona Ana, foi assaltado pelas 05h.52m. da madrugada de sábado, 29 de Abril de 2023, em menos de um minuto, com uma pedra da calçada, tendo ficado sem quatrocentos euros de fundo de caixa e de gorjetas do pessoal, a que se juntaram outros prejuízos.
Pelas imagens das câmaras do sistema de videovigilância, segundo contou ao ‘Litoralgarve’ o sócio-gerente do restaurante ‘Repolho’, Fábio Correia, percebe-se que o assaltante “foi rastejando junto às mesas (…) e só queria mesmo dinheiro, o qual se encontrava na gaveta da caixa registadora. Furtou 400 euros do fundo de caixa e de gorjetas do pessoal. Para aí chegar, arrastou os copos que estavam em cima do balcão e, por isso, quando aqui entrámos, havia vidros espalhados por todo o lado”
“As imagens das câmaras de videovigilância instaladas no interior do estabelecimento não detectaram bem o assaltante, que foi rastejando junto às mesas e pelo que se percebe só queria mesmo dinheiro, o qual se encontrava na gaveta da caixa registadora. Furtou 400 euros do fundo de caixa e de gorjetas do pessoal. Para aí chegar, arrastou os copos que estavam em cima do balcão e, por isso, quando aqui entrámos, pelas 10.00 horas, havia vidros espalhados por todo o lado. Ou seja, levou tudo à frente, num assalto que teve a duração de dez, quinze segundos” – descreveu, em declarações ao ‘Litoralgarve´, Fábio Correia, sócio-gerente do Restaurante ‘Repolho’, Gastrobar & Garrafeira, situado no Largo Salazar Moscoso, Urbanização Vila Praia D. Ana, lote 5,Loja B, no rés-chão de um edifício com três andares.
Segundo apurou o nosso Jornal, a colocação de um novo vidro da porta da entrada daquele estabelecimento, custou duzentos euros.
“APRESENTEI QUEIXA NA PSP DE LAGOS E FOI-ME DITO QUE É O MESMO INDIVÍDUO QUE TEM ASSALTADO VÁRIOS ESTABELECIMENTOS, UTILIZANDO UMA PEDRA DA CALÇADA PARA PARTIR OS VIDROS DAS PORTAS”
“Já apresentei queixa na PSP (Polícia de Segurança Pública) de Lagos e foi-me dito que [o suspeito] é o mesmo indivíduo que tem assaltado vários estabelecimentos, utilizando para o efeito uma pedra da calçada para partir os vidros das portas”, acrescentou Fábio Correia.
Por outro lado, este empresário considera “estranho” o facto de o alarme do seu restaurante não ter tocado, pelo que vai “averiguar o que se passou junto da empresa de alarmes Prosegur” e “apresentar queixa”.
O suspeito de mais um assalto no concelho de Lagos é um homem português, de 42 anos, há muito tempo referenciado pelas forças de segurança, e que continua a aguardar pela leitura da sentença do tribunal desta cidade (e transição em julgado), na sequência de um julgamento devido a furtos a vários restaurantes, bares, ‘snacks-bares´, pastelarias e estabelecimentos comerciais, utilizando, para tal, o mesmo ‘modus operandis’, ou seja, uma pedra da calçada. E por ter excedido o prazo máximo de nove meses de prisão preventiva, que um juiz lhe tinha aplicado como medida de coação, o indivíduo acabou por ficar em liberdade.
Até um ‘soutien’ foi furtado de um quintal em Lagos, na semana da Páscoa, além de outras peças de vestuário e calçado. Mas o homem, detido em flagrante delito pela PSP, acabou por ser libertado pelo Ministério Público, numa altura em que funcionários judiciais estavam em greve
Recentemente, na semana da Páscoa, foi detido, em flagrante delito, por agentes do Núcleo de Investigação Criminal da PSP de Lagos, à saída do quintal de uma moradia, no centro desta cidade, de onde levou um par de sapatilhas. Isto, depois de ter furtado, também de outros quintais, meias e até um ‘soutien’, entre outras peças de vestuário. As mesmas foram devolvidas aos legítimos proprietários, na sequência de queixas apresentadas às autoridades policiais. E o assaltante acabou por ser libertado por ordem do Ministério Público, numa altura em que, curiosamente, funcionários judiciais estavam em greve e existe uma acumulação de processos nos tribunais em Portugal.
(Em actualização)