Abertura do Hospital de Campanha COVID «CHUA Arena» em Portimão

No âmbito da ativação da Fase 4 do Pano de Contingência do Centro Hospitalar Universitário do Algarve para resposta à COVID-19 informa-se que vai abrir hoje, dia 10 de janeiro às 16H00, no Pavilhão Arena, em Portimão, o Hospital de Campanha COVID, denominado «CHUA Arena», uma estrutura com capacidade até 100 camas que vai funcionar como serviço de retaguarda, mantendo a capacidade de resposta aos doentes que procuram as estruturas de saúde e aliviando a pressão sobre as unidades hospitalares públicas. 

Implementada, estruturada e apetrechada técnica e logisticamente, esta estrutura de apoio e de retaguarda aos hospitais ficou operacional em 24 horas graças ao empenho e trabalho conjunto entre as equipas do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, da Câmara Municipal de Portimão e da Autoridade de Proteção Civil, contando ainda com o apoio da Administração Regional de Saúde do Algarve. 

A gestão clínica do espaço e o tratamento dos doentes fica sob a responsabilidade das equipas médicas, de enfermagem, técnicas e auxiliares do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, estando simultaneamente previsto um reforço de contratação de recursos humanos. 

Esta estrutura funciona como unidade de retaguarda pelo que apenas recebe doentes que lhe sejam encaminhados pelas unidades hospitalares do CHUA e com critérios específicos definidos pelas equipas clínicas. 

A abertura da estrutura contou com a presença de Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve, Ana Castro, da Presidente da Câmara Municipal de Portimão Isilda Gomes, e de um representante da Autoridade de Proteção Civil. O momento recebeu a bênção pelo Monsenhor Cupertino.

Apesar de se prever inicialmente que a infraestrutura hospitalar instalada no Portimão Arena apenas se mantivesse em prontidão até final do Verão passado, todo o dispositivo continuou operacional, num investimento considerável por parte do Município de Portimão, assumido como uma medida preventiva face ao possível desenvolvimento da Covid-19.

A unidade conta com 100 camas, 22 das quais articuladas, possuindo no seu conjunto três enfermarias com quartos individuais (30 camas) e oito com quartos múltiplos (64 camas), além de uma unidade de doentes críticos (seis camas). Tem ainda áreas de decisão clínica, apoio médico e reuniões setoriais, bem como espaços de apoio psicossocial e de aprovisionamento, entre outras mais-valias, não esquecendo as áreas de apoio e de gestão de esforço dos profissionais que a partir de hoje estão em permanência, 24 horas por dia, nesta estrutura de resposta e de reforço ao serviço nacional de saúde.

Este hospital de campanha está devidamente apetrechado com equipamento médico de monitorização, diagnóstico e tratamento de doentes críticos, representando um investimento de 200 mil euros por parte da Câmara de Portimão.

As suas valências não se esgotam no tratamento à Covid-19, pois também permitirá à Proteção Civil Municipal responder a outras situações de acidente grave ou catástrofe, como sismos, tsunamis, grandes incêndios ou outros cenários que causem um elevado número de vítimas.

Considerando a pressão com o aumento significativo de internamentos de doentes Covid positivos nesta última o CHUA reconheceu no passado dia 8 de janeiro a necessidade de ampliar a capacidade de atendimento e internamento pelo que solicitou a ativação do hospital de campanha do Município de Portimão, o que aconteceu em apenas 24 horas, quando poderia demorar uma semana, pelo menos, caso a estrutura tivesse sido desmontada.

Para o efeito, uma equipa técnica e logística dos Bombeiros de Portimão e da Cruz Vermelha Portuguesa acompanhou o Serviço Municipal de Proteção Civil no aprontamento da estrutura ao longo do dia de ontem, articulando com a equipa do CHUA a colocação da roupa de cama e consumíveis, bem como da limpeza da unidade.

Também os técnicos de informática e as equipas de manutenção, apoio logístico e comunicação da Câmara e da Junta de Freguesia de Portimão estiveram empenhados para garantir que esta valência possa desde já ser disponibilizada, podendo receber doentes de todo o país.