A 36.ª edição da Feira Concurso Arte Doce, realizada recentemente em Lagos, ficou marcada por uma polémica que gerou desconforto entre algumas doceiras participantes. O foco da contestação centrou-se num alegado segundo sorteio, alegadamente realizado de forma restrita, para a atribuição dos espaços no certame, facto que motivou manifestações de desagrado e pedidos de esclarecimento por parte das envolvidas.
Na sequência da publicação do artigo do Litoralgarve intitulado “Polémica marca edição de 2025 da ‘Arte Doce’ em Lagos – Doceiras contestam alegado segundo sorteio restrito”, o nosso jornal contactou a Câmara Municipal de Lagos para obter um posicionamento oficial sobre a situação.
Em resposta, através do gabinete de comunicação, a autarquia enviou um esclarecimento assinado pela vereadora Sara Coelho, responsável pelo pelouro da Cultura. No comunicado, a Câmara Municipal de Lagos afirma que “o processo de atribuição de espaços na edição de 2025 da Feira Concurso Arte Doce decorreu conforme previsto nas normas de participação”. A autarquia reconhece a existência de opiniões diversas sobre o certame, mas lamenta “que esteja a ser posto em causa um evento reconhecido pela sua seriedade e pelo contributo que dá à valorização da doçaria tradicional algarvia”.
O município reforça ainda o seu compromisso com a transparência e a qualidade da iniciativa, salientando que continuará “empenhado em garantir a credibilidade do certame e em aperfeiçoar continuamente os seus procedimentos, sempre com respeito pelos participantes e pelo público que valoriza este evento emblemático da cultura e da economia local”.
A Feira Concurso Arte Doce é um dos eventos mais emblemáticos do concelho de Lagos, promovendo a tradição da doçaria regional e o talento dos seus artesãos. A polémica agora instalada, embora pontual, levanta questões sobre os mecanismos de gestão e seleção de participantes, apontando para a necessidade de reforçar a confiança e a comunicação entre organização e expositores.
