‘Litoralgarve’ apresenta o novo executivo municipal de Vila do Bispo para o mandato 2025/2029, que toma posse neste domingo, 26 de Outubro, sem maioria absoluta e o agora com PSD no comando

Paula Freitas assume a presidência da Câmara e Luís Paixão é o vice-presidente, ambos eleitos na lista do PPD/PSD. Rute Silva e Dora Guerreiro passam a ser vereadoras do PS na oposição. E Afonso Nascimento, do Chega, surge como novidade e possível fiel da balança num elenco sem maioriae a prometer imensa expectativa nos próximos anos.

José Manuel Oliveira

Pela segunda vez consecutiva, não há maioria absoluta no executivo municipal de Vila do Bispo, que toma posse neste domingo, 26 de Outubro de 2025, agora sob a presidência de Paula Freitas (PPD/PSD), para o mandato de 2025/2029, após ter vencido as eleições realizadas no dia 12 deste mês. No total, fazem parte deste órgão autárquico cinco elementos.

Num concelho com 4.211 eleitores, votaram 2.727, o que corresponde a uma afluência às urnas de 64,76 por cento. A abstenção situou-se em 35,24 por cento, ou seja não votaram 1.484 eleitores, segundo dados oficiais.

É esta a composição do novo executivo municipal de Vila do Bispo:

– Paula Freitas (PPD/PSD) – presidente

– Luís Paixão (PPD/PSD) – vice-presidente

– Rute Silva (PS) – vereadora

– Dora Guerreiro (PS) – vereadora

– Afonso Nascimento (Chega) – vereador

Com 1.114 votos (40,85 por cento), o PPD/PSD é agora o principal partido na Câmara Municipal de Vila do Bispo, embora em minoria, tendo passado de um para dois elementosPaula Freitas (era vereadora na oposição) e Luís Paixão (foi vereador eleito pelo movimento de cidadãos independentes ‘Somos Pelo Concelho de Vila do Bispo’,no mandato que agora termina). Já o PS, que conseguiu 1.070 votos (39,42 por cento), nestas eleições autárquicas, mantém dois elementos no executivo – Rute Silva e Dora Guerreiro (presidente e vice-presidente, respectivamente, no mandato cessante), e passa a ocupar a segunda posição, com umaescassa diferença de 44 votos em relação ao PPD/PSD.

A novidade no novo executivo municipal de Vila do Bispo, é o Chega,representado por Afonso Nascimento, após ter conquistado 394 votos, a que corresponde 14,45 por cento da votação do eleitorado.

Sem maioria absoluta pela segunda vez consecutiva na Câmara Municipal de Vila do Bispo, como já referimos, e após o mandato de 2021/2025 ter sidoconsiderado estável entre socialistas (representados pelapresidente Rute Silva e a vice-presidente, Dora Guerreiro, depois de Fernando Santana renunciar ao cargo, em Abril de 2023, garantindo, na altura, ter abandonado a política); os eleitos pelo movimento de cidadãos independentes‘Somos Pelo Concelho de Vila do Bispo- Dino Lourenço Luís Paixão -; e a vereadora da coligação liderada pelo PPD/PSD, Paula Freitas, Vila do Bispo aguarda, de novo, com imensa expectativa como será o mandato 2025/29.

“Não irei ficar refém de partidos, nem de interesses pessoais”, avisou, em entrevista ao ‘Litoralgarve’, durante a campanha eleitoral, a candidata do PPD/PSD, Paula Freitas, agora eleita presidente da edilidade

Sem sinais de eventuais acordos, os recados surgiram na devida altura. “Não irei ficar refém de partidos, nem de interesses pessoais”, avisou, em entrevista concedida ao ‘Litoralgarve’, durante a recente campanha eleitoral, a candidata do PPD/PSD, Paula Freitas, agora eleita presidente da edilidade.

Neste concelho da Costa Vicentina, segundo apurou o nosso Jornal, poderão surgir contactos entre socialistas e o Chega. Afonso Nascimento, que toma posse como vereador deste partido, limita-se, para já, a dizer: “O meu compromisso é com a população de Vila do Bispo.”

PPD/PSD conseguiu eleger sete deputados para a Assembleia Municipal de Vila do Bispo, enquanto que o PS fica com seis (mais os presidentes das Juntas de Freguesia de Sagres, Fernando Santana, e de Budens, Ana Custódio). O Chega tem dois representantes

Também sem maioria absoluta nestas eleições autárquicas, a Assembleia Municipal de Vila do Bispo deverá contar com listas do PPD/PSD, do PS e do Chega, para a eleição do presidente e dos dois secretários da nova Mesa. Luciano Rafael, presidente cessante deste órgão, encabeçou, desta vez, como independente, a lista do PPD/PSD, a qual conseguiu sete elementos. Por seu turno, a lista do PS, que teve José Marreiros Marques como líder, viu serem eleitos seis membros. Enquanto isso, o Chega, com Maria Celestina Costa a cabeça-de-lista, fica com dois representantes na Assembleia Municipal de Vila do Bispo.

Por outro lado, continuam com assento neste órgão autárquico Alberto Encarnação, presidente, desde 2017, da Junta de Freguesia de Barão de São Miguel, eleito pela Lista de Unidade Popular (LUP), a habitual lista de cidadãos independentes, que ali concorre a eleições locais; Marisa Dias, que preside, como independente, ao executivo da União das Freguesias de Vila do Bispo e Raposeira; e Ana Custódio (PS), principal responsável da Junta de Freguesia de Budens. A novidade é Fernando Santana (PS), que decidiu regressar à política, tendo voltado a conquistar a presidência da Junta de Freguesia de Sagres, que deteve há anos.

O possível trunfo para o Chega, com dois presidentes de Junta de Freguesia independentes, na formação da nova Mesada Assembleia Municipal de Vila do Bispo 

O facto de haver dois presidentes de juntas de freguesia (Alberto Encarnação, em Barão de São Miguel, e Marisa Dias, por Vila do Bispo e Raposeira) eleitos em listas de cidadãos independentes, poderá vir a constituir um trunfo para os partidos, nomeadamente para o Chega, nesta corrida para a eleição da nova Mesa da Assembleia Municipal de Vila do Bispo. A decisão estará, agora, a cargo dos deputados eleitos pela população no dia 12 de Outubro. E será decidida neste domingo, dia 26. Vila do Bispo aguarda, assim, com imensa expectativa os próximos passos dos autarcas agora eleitos, num município em que não existem maiorias absolutas.