“A existência de um partido como o PPM, que tem valores de defesa de um liberalismo de pequena escala, dos pequenos partidos, pequenos produtores e valorização dos valores locais, é essencial para que a moderação deste braço de ferro ocorra a um nível que identifique os portugueses, cada vez mais dispensados da participação na vida pública.” Foi esta uma das mensagens transmitidas, em entrevista por escrito ao ‘site’ «Litoralgarve’, pela candidata a deputada Joana Rego, que encabeça a lista do Partido Popular Monárquico, no Círculo Eleitoral de Faro à Assembleia da República, nas eleições legislativas antecipadas a realizar no domingo, dia 18 de Maio de 2025. Lembra a saída deste partido da Aliança Democrática, na qual estava juntamente com o PSD e o CDS, aponta aspectos que, na sua perspectiva, estão incorrectos no sistema eleitoral em vigor, e destaca o que, no Algarve, mais preocupa os monárquicos.
José Manuel Oliveira
Litoralgarve – Como avalia a recente saída do PPM – Partido Popular Monárquico, da AD -Aliança Democrática, com o PSD e o CDS? O que esteve em causa?
Joana Rego – O acordo entre os três partidos foi quebrado e houve, também, uma grande divergência emrelação à alteração da Lei dos solos. O PPM foi o partido responsável pela criação da REN e da RAN (Reservas Ecológica e Agrícola Nacionais), pela mão de um dos seus fundadores, o Arquiteto Gonçalo Ribeiro Teles. A preservação destes ‘kits’ de sobrevivência foi sempre uma bandeira do PPM. Não poderíamos ser coniventes com a sua destruição.
A questão da sigla é uma questão óbvia de lógica básica. A sigla da AD foi criada por 3 partidos e, como é óbvio, incluía os 3 partidos, ou seja a coligação era um trio. Excluir um dos 3 deita abaixo o trio – a coligação e, sem coligação, a sigla não deve ser usada por nenhum dos 3 sem os outros dois, nem por dois sem um.
“Dificilmente um pequeno partido elegerá um deputado pelo Algarve, pelo simples facto de que o sistema eleitoral vigente em Portugal valoriza mais os votos de Lisboa ou Porto, do que o restante país.”
“Nas últimas eleições, o voto de 1.263.334 cidadãos foi para o lixo. São os votos sem representatividade no país, somando os restos de todos os círculos eleitorais analisados (sem brancos nem nulos)”
Litoralgarve – Que perspectiva tem o PPM para estas eleições legislativas antecipadas, a 18 de Maio de 2025, no Círculo Eleitoral de Faro? Quantos deputados espera eleger?
Joana Rego – Dificilmente um pequeno partido elegerá um deputado pelo Algarve, pelo simples facto deque o sistema eleitoral vigente em Portugal valoriza mais os votos de Lisboa ou Porto, do que o restante país. Nas últimas eleições, o voto de 1.263.334 cidadãos foi para o lixo. São os votassem representatividade no país, somando os restos de todos os círculos eleitorais analisados(sem brancos nem nulos). Correspondem “a 20,4% dos votos válidos”, por não serem contados todos para o país, mas sim por cada círculo nominal.
“Delapidação dos valores patrimoniais (ambientais e culturais), da identidade regional pelo turismo de massas descaracterizaste e consumista dos recursos preciosos que a região tinha e ainda tem, sendo o principal a paisagem. A invasão de monoculturas, sejam elas do turismo ou da agricultura” são os principais problemas do Algarve
Litoralgarve – E qual a primeira medida que tomará se for eleita?
Joana Rego – Proposta à alteração do sistema eleitoral para que um voto de um algarvio conte o mesmo queum voto de um lisboeta. Alteração do artigo da constituição, que proíbe que Portugal possa seruma monarquia se essa for a vontade popular.
Litoralgarve – Quais são os principais problemas que sente no Algarve e como resolvê-los? O que mais a preocupa?
Joana Rego – Delapidação dos valores patrimoniais (ambientais e culturais), da identidade regional pelo turismo de massas descaracterizam-te e consumista dos recursos preciosos que a região tinha e ainda tem, sendo o principal a paisagem. A invasão de monoculturas, sejam elas do turismo ou da agricultura.
“Há tecnologia que permite ter um sistema elétrico para fornecer eletricidade e otimizar eficiência energética, custos e integração de energia renovável. À semelhança da água e da alimentação, temos de estar preparados para sermos autónomos a nível local”
Litoralgarve – E a nível nacional?
Joana Rego – A nível nacional, em parte o problema é o mesmo numa escala maior: a perda de soberaniadas populações, através da subordinação do Estado aos interesses economicistas de Bruxelas,que impõem ao território os projetos destes.
Litoralgarve – A que se deve, na sua opinião, o recente corte energético, conhecido por apagão?
Joana Rego – Falta de gestão autónoma.
Litoralgarve – Admite ter-se tratado de um ciberataque?
Joana Rego – Por acaso não, mas podia.
Litoralgarve – O que falhou?
Joana Rego – É uma questão técnica, que já vários entendidos descreveram.
Litorlgarve – Como prevenir estas situações no futuro?
Joana Rego – A prevenção destas situações é possível e está nas nossas mãos.Existe e está a ser implementada em vários edifícios, bairros ou comunidades. Há tecnologiaque permite ter um sistema elétrico para fornecer eletricidade e otimizar eficiênciaenergética, custos e integração de energia renovável. À semelhança da água e da alimentação,temos de estar preparados para sermos autónomos a nível local.
“A imigração é um problema como o turismo é um problema, mas também são soluções e devem ser geridos conforme as necessidades e valências de cada região”
Litoralgarve – A imigração é um problema em Portugal? Como encara a decisão do Governo de notificar para deixarem o país, numa primeira fase, mais de quatro mil cidadãos imigrantes indocumentados e que procuram trabalhar? Que repercussões poderá ter essa situação?
Joana Rego – Custa-me referir-me a alguém como “ilegal”. Somos pessoas e deslocamo-nos consoante as nossas necessidades de sobrevivência, todas as pessoas em Portugal devem ter documentos e ser enquadradas no estatuto que têm. A imigração é um problema como o turismo é um problema, mas também são soluções e devem ser geridos conforme as necessidades e valências de cada região.
“Julgo que não” haverá uma nova legislatura de curta duração e “gostaria de ver o próximo parlamento mais colorido, com mais partidos representados”
Litoralgarve – Se não houver, de novo, maioria absoluta nestas eleições legislativas, como antevê a formação do próximo Governo em Portugal? Admite que venha a ser uma legislatura de curta duração, como já sucedeu?
Joana Rego – Julgo que não. A polarização da sociedade e do parlamento deve ser evitada, porque todo oespectro de formas de encontrar soluções e rumos para abraçar o futuro devem estar em cima da mesa, e os adultos deverão conseguir chegar às melhores soluções se todos estiverem bem intencionados no desenvolvimento do país. Eu gostaria de ver o próximo parlamento mais colorido, com mais partidos representados.
“Tanto o PSD como o CDS têm alas liberais que casarão bem com as ideias preconizadas pela IL [Iniciativa Liberal]. A saída do PPM do trio desequilibra precisamente pela falta de conservadorismo humanista e ecologista que o PPM representa”
Litoralgarve – Como encara o cenário de um governo constituído pela AD, com o apoio da Iniciativa Liberal?
Joana Rego – Da AD …. Da coligação PSD/CDS com a IL. É possível e faz algum sentido, porque tanto o PSDcomo o CDS têm alas liberais que casarão bem com as ideias preconizadas pela IL. A saída doPPM do trio desequilibra precisamente pela falta de conservadorismo humanista e ecologistaque o PPM representa.
Litoralgarve – E de uma nova ‘geringonça’, entre partidos de esquerda, liderada pelo PS?
Joana Rego – Não me pareceque a circunstância atual seja beneficiada com uma solução dessas. Uma nova geringonça só
poderá refletir uma polarização que provocará uma tensão muito grande, desnecessária ao momento que estamos a atravessar.
“A classe média ficou desfalcada pela transferência do controlo dos meios de produção para um novo sector – o das tecnologias de informação que prescinde de mão-de-obra tanto qualificada como pouco qualificada, o que mete no mesmo saco classe média e classe baixa”
Litoralgarve – O que pensa da queda do actual Governo, liderado pelo social-democrata Luís Montenegro, na sequência da moção de confiança apresentada pelo primeiro-ministro e a dissolução da Assembleia da República, com a consequente convocação de eleições legislativas antecipadas por parte do Chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa?
Joana Rego – Com a crise mundial de polarização, seja das esquerdas com as direitas ou, de globalistas enacionalistas, de brancos e pretos, ricos e pobres, ou homens e mulheres, resulta a queda daclasse média. A classe média ficou desfalcada pela transferência do controlo dos meios deprodução para um novo sector – o das tecnologias de informação que prescinde de mão-de–obra tanto qualificada como pouco qualificada, o que mete no mesmo saco classe média eclasse baixa. As instituições que a democracia ergueu, ficaram, assim, à mercê desta polarização. A oposição a puxar para a radicalização levou a que tivesse de haver uma espécie de ‘reset’, para recalcularmos forças. A existência de um partido como o PPM, que tem valores de defesa de um liberalismo de pequena escala, dos pequenos partidos, pequenos produtores e valorização dos valores locais, é essencial para que a moderação deste braço de ferro ocorra a um nível que identifique os portugueses, cada vez mais dispensados da participação na vida pública.
Aspectos positivos e negativos do executivo governamental
Litoralgarve – Que aspectos negativos e positivos destaca no atual governo?
Joana Rego – Positivos: Alguma maturidade na definição da ação governativa, que manteve a paz social e medidas de apoio aos jovens. Negativos: alteração da lei dos solos.
“Os eleitores foram, desde a entrada para a CEE [Comunidade Económica Europeia], alheados da participação na vida pública, ou seja, houve um decréscimo do valor da cidadania, as associações de moradores, os pequenos clubes de bairro, as associações recreativas, cooperativas, etc., foram desvitalizadas gradualmente”
“As festas da comunidade, como os santos populares, ou outras celebrações, como a semana académica, transformaram-se em sucursais dos grandes festivais que são iguais em todo o lado. Tal e qual como o pequeno comércio foi destronado pelos grandes centros comerciais”
Litoralgarve – O que lhe dizem os eleitores nos contactos que tem estabelecido? Estão saturados de eleições, querem mudança?
Joana Rego – Os eleitores foram, desde a entrada para a CEE [Comunidade Económica Europeia], alheados da participação na vida pública, ou seja, houve um decréscimo do valor da cidadania, as associações de moradores, os pequenos clubes de bairro, as associações recreativas, cooperativas, etc., foram desvitalizadas gradualmente. Por exemplo, o que eram as festas da comunidade, como os santos populares, ou outras celebrações, como a semana académica, transformaram-se em sucursais dos grandes festivais que são iguais em todo o lado. Tal e qual como o pequeno comércio foi destronado pelos grandes centros comerciais. Este fenómeno tirou às pessoas o sentido de pertença à sociedade em que vivem e, logo, desliga-as do sentido de participar, porque os partidos também já são sucursais de multinacionais que apenas atraem quem se quer servir dos organismo públicos e raros são os que se põem ao serviço pelo prazer de ver a sua terra a desenvolver-se.
“É difícil cativar votos. Há uma grande frustração mesmo nas pessoas que estão formadas para participar na vida pública, porque todo o trabalho, na maioria voluntário, é deitado abaixo pelos grandes negócios”
Litoralgarve – Receia o aumento da abstenção?
Joana Rego – Pelo que expus acima, sim.
Litoralgarve – Como é possível cativar votos?
Joana Rego – É difícil cativar votos, pelo que exponho a seguir sobre acampanha. Há uma grande frustração mesmo nas pessoas que estão formadas para participarna vida pública, porque todo o trabalho, na maioria voluntário, é deitado abaixo pelos grandesnegócios. É o problema do meta urbanismo, o centralismo, a grande escala da gestão destróipaisagens e territórios, como se vê hoje com as grandes centrais fotovoltaicas, por exemplo, ou as minas, ou mesmo aqui no Algarve a construção da dessalinizadora na Praia da Rocha Baixinha, em Albufeira. A obra é o negócio em si e ganha quem distribui os milhões. O resultado terá um saldo bastante negativo para a região.
“Como pequeno partido que somos, não temos verbas para investir em propaganda. O programa e toda a campanha têm sido realizados de forma colaborativa e participativa como deve ser em democracia. Esta desproporcionalidade de meios reflete a falta de democracia do sistema eleitoral em Portugal”
Litoralgarve – Como é a campanha do PPM – Partido Popular Monárquico no Algarve? Quais os custos?
Joana Rego – A nossa campanha é serviço cívico. Como pequeno partido que somos, não temos verbas para investir em propaganda. O programa e toda a campanha têm sido realizados de forma colaborativa e participativa como deve ser em democracia. Esta desproporcionalidade de meios reflete a falta de democracia do sistema eleitoral em Portugal, além da questão dos círculos nominais.
“O futuro só existe se a sustentabilidade estiver na consciência de quem governa. E é assustador ver todos os dias que não está, por muito que pintem ou lavem de verde os seus discursos”
Litoralgarve – Que futuro para o país?
Joana Rego – A grande falácia dos partidos economicistas a todo o custo é que o futuro não é já.O futuro só existe se a sustentabilidade estiver na consciência de quem governa. E éassustador ver todos os dias que não está, por muito que pintem ou lavem de verde os seusdiscursos.Num momento em que Bruxelas alerta para que cada cidadão faça o seu ‘kit’ de sobrevivência,a Reserva Ecológica Nacional e Reserva Agrícola Nacional são os ‘kits’ de sobrevivência daspopulações locais, e mais do que nunca deviam ser protegidas e postas ao serviço daspopulações, com ações públicas de participação cívica de manutenção e produção de alimentosaudável biológico.
A sobrevivência humana, a produção de alimentos, regulação do ciclo hidrológico, melhoria da qualidade do ar e da água são os serviços de natureza que, hoje, já podem ser identificados e quantificados antes de atentar contra um sistema natural. Este trabalho é essencial ao futuro do País. A criação das Bio-Regiões é o caminho para a sustentabilidade do território. A promoção ativa de sistemas alimentares territoriais, baseados na agricultura familiar e em modos de produção sustentáveis que promovam a biodiversidade, os conhecimentos tradicionais e as dietas saudáveis. Desta forma, além de se garantir a autossuficiência alimentar, garante-se, também, a fixação das populações, a conservação dos valores culturais e ambientais que são eles, também, fatores de valor acrescentado para as atividades turísticas e económicas de cada região. Descentralização e o problema da habitação resolvem-se, também, com esta abordagem de desenvolvimento sustentável. Existem, felizmente, vários exemplos que demonstram a eficiência dos modelos regenerativos e sintrópicos na produção alimentar ou gestão florestal, e existem ainda mais que demonstram o caminho da necrose a que levam os modelos intensivos de exploração com vista ao lucro fácil desterrado das produções paraquedistas da moda comercial. É urgente inverter estas quantidades e promover o crescendo dos primeiros e a erradicação dos segundos.
As questões do ambiente não se dissociam de nenhum dos outros temas, pois toda a actividade humana reflete-se ou está refletida no ambiente, assim também a agricultura nos salvará ou destruirá se tomarmos as opções de regeneração ou de intensificação desta atividade a todo o custo. Este custo é o que pagamos na saúde dos solos, da água, do ar e até do fogo, e claro está da nossa saúde – sobrevivência.
Natural de São Sebastião da Pedreira, do município de Lisboa, Joana Rego tem 51 anos, reside em Pechão, no concelho de Olhão, é empresária e licenciada em Biologia Marinha e Pescas pela Universidade do Algarve. Aponta a “paciência” como a sua principal virtude e, também, o maior defeito, “coragem” é o que mais aprecia nas pessoas, enquanto detesta “hipocrisia e demagogia”
Nome completo: Joana Costa Lopes do Rego
Data do nascimento: 16/11/1973. Tem 51 anos de idade.
Estado Civil: casada
Filhos: Tenho 2 enteados.
Naturalidade: S. Sebastião da Pedreira [do concelho de Lisboa]
Residência: Olhão – Pechão
Filiação partidária: independente.
Cargos políticos que já desempenhou (e exerce): nenhum.
E a outro nível: Nível associativo: dirigente associativa – Casa de Cultura
da Juventude de Faro, Associação dos Artistas Plásticos
do Algarve, Between Associação cultural e artes,
Associação Almargem e Associação Figo Lampo.
Nível institucional: Conselho Consultivo para a Juventude;
Comissão de Proteção de Crianças e Jovens.
Profissão: Empresária.
Habilitações literárias: Licenciada em Biologia Marinha e
Pescas pela Universidade do Algarve.
Formação complementar: Formação de Peritos Qualificados; ADENE –
Agência Nacional de Energia; formação auditores ISO 500001; ANJE (Associação Nacional
de Jovens empresários) – GENE – Geração de Novos Empresários. Faro “Formação e
Qualificação de Agentes de Desenvolvimento Comunitário” entre outros.
“Fui jogadora de ténis e gosto da atitude do Novak Djokovic”
Idioma que domina: além do português, algum inglês e um pouco francês.
Clube desportivo da sua preferência: não tenho preferência por nenhum clube. Gosto de ver desporto “na desportiva”, fui jogadora de ténis e gosto da atitude do Novak Djokovic.
Como ocupa os tempos livres: Passeios na natureza, organização de eventos culturais e voluntariado.
Gastronomia/prato preferido: Tofu à Braz com arroz integral.
Religião: agnóstica.
A sua principal virtude: paciência.
E o seu principal defeito: paciência.
O que mais admira nas pessoas: Coragem.
E o que mais detesta: Hipocrisia e demagogia.
O destaque para Gonçalo Ribeiro Teles e Vandana Shiva, “que semeia um movimento de
Mulheres, que desenvolvem uma abordagem descentralizada da agricultura”
A figura nacional que mais aprecia e porquê:
Gonçalo Ribeiro Teles, porque humildemente dedicou a sua vida ao estudo e à preservação dos valores que identificam e permitem a sobrevivência das populações de Portugal. A pessoa que mais contribuiu para o desenvolvimento de uma consciência ecológica no nosso país. Mesmo rodeado de “surdos”, continuou a servir a causa e a explicar os fundamentos das suas ideias e dos seus desenhos para que o futuro (que nunca é já) seja sustentável e harmonioso com a Vida. Como monárquico, também não se inibiu de falar e de pedagogicamente justificar essa opção, mesmo quando e frequentemente, tentam ridicularizar quem se afirma como monárquico, como se os países com os índices mais elevados de desenvolvimento humano da Europa não fossem monarquias, e um monárquico seja um conservador de valores caducos.
E a nível internacional e porquê: A nível internacional, admiro a Vandana Shiva, que semeia um movimento de
Mulheres, que desenvolvem uma abordagem descentralizada da agricultura, a preservação da diversidade das sementes que são naturalmente adaptadas localmente, e assim terão mais probabilidades de resistir às exigências de um clima em
mudança, do que um sistema baseado apenas em algumas variedades como está a ser imposto pelo agronegócio mundial. Uma mulher que luta para que cada local tenha a sua soberania alimentar e que esta seja a base de todas as soberanias.
E a que mais detesta e qual o motivo: Quem detesto? Não cultivo nenhum ódio. Apenas me faz confusão como a
comunicação social, no geral, e cada jornalista, em particular, com todos os meios que existem à disposição, hoje em dia, continua em uníssono a propagar as ideias de quem domina mal o mundo, seja na área da política, da saúde, do desporto ou das revistas cor de rosa. Existe o culto da personalidade fútil e do consumismo que é propagado em grande escala e não permite que bons exemplos e de esperança sejam revelados à juventude. Há uma censura económica que muito poucos denunciam. Assim, admiro o professor doutor Pedro Almeida Vieira e o jornal Página UM. E por oposição detesto quem deveria e não faz o trabalho sério de investigação jornalística.










