Houve “fogo posto”, dizem populares na Serra de Monchique

“Da forma como isto aconteceu, tipo explosão, só pode ter sido fogo posto!” Foi esta a reacção peremptória, ao «Litoralgarve», de populares residentes no Sítio da Portela, no concelho de Monchique, numa zona inclinada e com eucaplitos e mato, onde cerca das 13h30 de sexta-feira, dia 03 de agosto, deflagrou um violento incêndio, o qual já na madrugada de sábado estava a ser combatido por mais de 600 bombeiros, com o apoio de 167 viaturas, de dezenas de corporações dos distritos de Faro, Beja, Lisboa e Leiria, incluindo grupos de intervenção especiais. Existem três frentes activas nos sítios da Portela, das Taipas, da Foz dos Carvalhos e Perna Negra. Está previsto o regresso de meios aéreos logo ao amanhecer, por volta das 06h00, depois de durante a tarde de sexta-feira terem estado envolvidas nove aeronaves no combate às chamas.

Idosos retirados por precaução do Sítio da Portela encontram-se na Santa Casa de Misericórdia de Monchique

Por precaução, meia dúzia de habitantes já idosos foram retirados pelas autoridades do Sítio da Portela, encontrando-se agora nas instalações da Santa Casa da Misericórdia de Monchique. O edifício da Escola EB 2,3 situado na sede do concelho está a ser preparado para os receber. Até ao momento, não arderam habitações nas zonas atingidas pelo incêndio na serra.

Vento forte com mudanças de direcção dificultou bombeiros. Doze tiveram de ser assistidos no Hospital de Portimão por inalação de fumos. Um deles sofreu também queimaduras de primeiro grau nas pernas

O forte vento que se fazia sentir e com mudanças de direcção a partir das 16h30 de sexta-feira provocou ferimentos leves, mais concretamente inalação de fumos, a 12 bombeiros, dois dos quais das corporações de Vila do Bispo, um de Lagoa, três de Cascais e os restantes dos Olivais, Paço d’ Arcos de Algés. Um dos bombeiros sofreu também queimaduras de primeiro grau nas pernas. Foram todos assistidos no Hospital do Barlavento, em Portimão, e já tiveram alta, ao que foi possível apurar. Segundo informações entretanto recolhidas pelo «Litoralgarve», diversas viaturas de corporações sofreram danos materiais durante o combate às chamas, estando inoperacionais.

( Em atualização)