Trata-se de uma iniciativa da Autoridade Marítima Nacional em parceria com a Imprensa Nacional Casa da Moeda.
José Manuel Oliveira
Uma moeda comemorativa de cinco euros, dedicada ao Farol do Cabo de São Vicente, situado na freguesia de Sagres, Estrada Nacional 268, no concelho de Vila do Bispo, é lançada nesta quarta-feira, dia 12 de Novembro, numa cerimónia com início pelas 18h00, nas instalações da Direção de Faróis, em Paços de Arcos. A iniciativa pertence à Autoridade Marítima Nacional em parceria com a Imprensa Nacional Casa da Moeda.
Em comemoração do farol com a maior ótica europeia em funcionamento e o mais a sudoeste da Europa continental
De acordo com o Gabinete de Imagem e Relações Públicas da Autoridade Marítima Nacional, o lançamento desta moeda é aberto ao público, podendo os interessados adquiri-la naquele local.
“O evento marca o início da série «Faróis Icónicos de Portugal», onde serão postas em circulação cinco novas moedas comemorativas, emitidas pelo Banco de Portugal e produzidas pela Imprensa Nacional Casa da Moeda, uma a cada ano. A primeira, alusiva ao Centenário da Direção de Faróis e em comemoração do farol com a maior ótica europeia em funcionamento e o mais a sudoeste da Europa continental, tem um valor facial de cinco euros, sendo lançada em simultâneo uma versão com acabamento em ouro-proof destinada a colecionadores”, refere o comunicado.
José João de Brito, escultor com trabalho nas áreas da escultura, cerâmica e medalhística, é o autor dos desenhos desta e de outras moedas
A moeda terá, também, uma versão em prata com um anel luminoso alusivo à iluminação dos Faróis de Portugal. A autoria dos desenhos das moedas é de José João de Brito, reconhecido escultor com trabalho nas áreas da escultura, cerâmica e medalhística, entre outras obras, assinala a Autoridade Marítima Nacional.
Em 1515 existia uma torre com uma fogueira mantida pelos religiosos no convento de São Vicente para orientar os navegantes, quando foi construído o farol
E em 1587, essa torre foi destruída pelo célebre corsário inglês Francis Drake, tendo sido restaurada em 1606 por ordem de Dom Filipe II
Num breve historial, aquela instituição recorda que o Farol do Cabo de S. Vicente “remonta a 1515, ano em que existia uma torre com uma fogueira mantida pelos religiosos do convento de S. Vicente para orientar os navegantes e acudir à salvação das almas dos marítimos.” Passados 72 anos, em 1587, essa torre “foi destruída pelo célebre corsário Francis Drake, tendo sido restaurada em 1606 por ordem de D. Filipe II.” Depois de várias tentativas falhadas, o atual Farol do Cabo de São Vicente “voltou a ser reconstruído em 1846 a mando de Dona Maria II.”
“As lentes hiper-radiantes deste edifício constituem-se como as maiores alguma vez construídas no mundo, restando apenas sete faróis em funcionamento equipados com estas óticas ainda em funcionamento.”, acrescenta este texto da Autoridade Marítima Nacional, alusivo ao Farol do Cabo de São Vicente, na zona de Sagres.
Farol com 28 metros de altura, 86 de altitude e o equivalente a 59 quilómetros de alcance na costa do Algarve
Localizado no edifício do antigo convento no Cabo de São Vicente e com latitude 37º 01’, 45 N e longitude 08º 59’, 71 W, o Farol, que se tornou em emblemático, tem 28 metros de altura, 86 metros de altitude (distância vertical sempre determinada em relação ao nível do mar) e um alcance correspondente a 59 quilómetros nesta área da costa algarvia. É classificado como Imóvel de Interesse Público, desde 1961.
Cronologia do Farol do Cabo de São Vicente, retirada do ‘Wikipedia’
É esta a cronologia que consta da enciclopédia livre ‘Wikipedia’, referente ao Farol do Cabo de São Vicente
- 1520 – Indícios da existência de um farol rudimentar numa torre especial convento, existente no Cabo de São Vicente.
- 1521-1557 – Ordenada a construção de torre mais avantajada por Dom João III, para defesa de ataques de soldados e marujos luteranos.
- 1587 – Destruição da torre no ataque do corsário Francis Drake.
- 1606 – Reacendimento do farol, após restauração da torre, ordenada por Dom Filipe II de Portugal.
- 1835 – Ordenada a reconstrução por Dona Maria II.
- 1846 – Inauguração do actual Farol de Dom Fernando.
- 1865 – Registo do estado deplorável do farol.
- 1897 – Início de obras de beneficiação, com o alteamento da torre em 5,7 metros.
- 1908 – Reacendimento do farol tendo sido instalado um aparelho lenticular de Fresnel híper-radiante com 1.330 mm de distância focal.
- 1914 – Instalação de sinal sonoro.
- 1926 – Electrificação, com alimentação por geradores.
- 1947 – Passou a farol aeromarítimo com a aplicação de painéis deflectores.
- 1948 – Alimentação com energia da rede pública.
- 1949 – Instalado um radiofarol, activo até 2001.
- 1982 – Automatização e telecontrolo do Farol de Sagres.
- 2001 – Instalação de autómato programável para rotação da óptica.










