Rua Vítor da Costa e Silva, perto da Avenida dos Descobrimentos, nas traseiras do restaurante Adega da Marina, servirá de palco para esta concentração na cidade de Lagos, contra a “especulação imobiliária.”
José Manuel Oliveira
“A 30 de Setembro saímos à rua, em todo o país, para exigir Casa para Viver e Soluções para a Habitação”. É este o aviso lançado através do ‘email’ portaaportadhalgarve.gmail. com. , datado de 22 de Setembro, em Faro, e em que anuncia a realização de “grandes manifestações nacionais” no dia 30 de Setembro de 2023 (sábado), “para já em 19 cidades do país, algo histórico”, a fim de exigir medidas ao nível da habitação para todas as pessoas.
Numa altura em que, devido, entre outros factores, à falta de habitação a preços acessíveis, o Algarve se debate com escassez de profissionais em muitos sectores de actividade, desde a construção civil, médicos, enfermeiros, professores e trabalhadores da construção civil, até à hotelaria, restauração e ao comércio, além de problemas a afectar estudantes universitários, a manifestação ‘Casa para Todos’ incluirá iniciativas, a partir das 15.00 horas, em Faro, desde o Jardim Manuel Bivar ao Largo de São Pedro; na cidade de Portimão, marcadas para o Largo 1º. de Dezembro; e em Lagos, na Rua Vítor da Costa e Silva, perto da Avenida dos Descobrimentos, num espaço largo, situado nas traseiras do conhecido restaurante Adega da Marina.
“A reconfirmação das [novas medidas sobre o programa ‘Mais Habitação’] só se justifica pela subordinação do PS aos interesses privados e especulativos da banca e dos fundos imobiliários que lucram com os brutais custos com a habitação impostos a quem vive e trabalha em Portugal”
“O PS no Governo e na Assembleia da República insiste em reconfirmar os diplomas referentes ao programa Mais Habitação, em boa verdade ‘Mais Especulação’, e com isso obrigar à promulgação e entrada em vigor dos mesmos. Importa reiterar que, nestes diplomas, não encontramos as soluções necessárias aos problemas das pessoas no acesso à habitação – daí a má opção. A reconfirmação das mesmas só se justifica pela subordinação do PS aos interesses privados e especulativos da banca e dos fundos imobiliários que lucram com os brutais custos com a habitação impostos a quem vive e trabalha em Portugal” – pode ler-se no primeiro parágrafo deste ‘email’, a que o ‘Litoralgarve’ teve acesso.
“O que se exigem são medidas que baixem os custos com a habitação (…) O que se exige é o fim dos despejos e a revogação da Lei dos Despejos. O que se exige é mais habitação pública e alojamento estudantil.”
E adianta o texto, no segundo parágrafo: “O que se exigem são medidas que baixem os custos com a habitação e garantam o acesso à mesma pelo tempo condigno, com a estabilidade necessária à emancipação e vida de cada um. O que se exige é o fim dos despejos e a revogação da Lei dos Despejos. O que se exige é mais habitação pública e alojamento estudantil. O que se exige é a melhoria dos salários, reformas e pensões para fazer face aos custos com a habitação.”
“É por isto – acrescentam os autores do ‘email´ – que são já 19 as cidades do país que sairão à rua já no dia 30 deste mês, com grandes manifestações nacionais, algo” que antevêem como “histórico e a que apenas esporadicamente se assistiu, tal é a dimensão do problema e o impacto brutal e concreto na vida de cada um.” “Assim, por ser uma das regiões onde este problema é mais sentido, as cidades algarvias de Faro, Portimão e Lagos juntam-se a esta luta de 30 de Setembro, com as seguintes iniciativas:

– Faro – Manifestação às 15.00 horas no Jardim Manuel Bivar até ao Largo de São Pedro;

– Portimão – Concentração às 15.00 horas no Largo 1º. de Dezembro;

– Lagos – Concentração às 15.00 horas na Rua Vítor da Costa e Silva (largo das traseiras do restaurante Adega da Marina.”
De resto, como constatou o ‘Litoralgarve’, nesse sentido já foram colocados folhetos em várias zonas da cidade de Lagos. O texto de portaaportadhalgarve conclui, sublinhando que “é pela força da exigência popular nas ruas que serão combatidas as opções políticas da direita ao serviço da especulação imobiliária, dos bancos, dos fundos e das construtoras.”
As cidades do país que já aderiram a esta manifestação
Segundo apurou o nosso Jornal, além de Faro, Portimão e Lagos, já aderiram a esta manifestação nacional ‘Casa para Viver’, as cidades de Lisboa, Porto, Aveiro, Braga, Coimbra, Covilhã, Guimarães, Leiria, Nazaré, Samora Correia, Viseu, Barreiro, Beja e Évora.