O objetivo “é dar resposta ao problema da falta de salas do [ensino] pré-escolar ao 3º. ciclo”
“Na primeira reunião, a nossa prioridade será manter a maioria das competências no órgão colegial da Câmara, evitando a concentração de poderes apenas no presidente. Queremos iniciar um modelo de governação transparente e verdadeiramente colaborativo, em que todas as forças eleitas tenham um espaço sério de participação em todas as fases da decisão.”
“Quando todas as forças políticas contribuem de forma construtiva, o resultado é sempre mais rico e equilibrado do que quando existe uma maioria absoluta.”
Enquanto vereador da CDU na Câmara Municipal de Lagos, na oposição durante o mandato de 2021/2025, Alexandre Nunes apresentou dezenas de propostas ao executivo. “Das propostas aprovadas e executadas, na sua totalidade (existem poucas), realço o transporte da Onda Gratuito para menores de 18 anos. Entre as propostas aprovadas e não concretizadas, não é fácil escolher, pois estamos a falar de mais de 70 propostas. Realço, na área do ambiente, a classificação da Ponta da Piedade e da Ria de Alvor e a Garantia da universalidade e gratuitidade da educação do pré-escolar em Lagos.”
“Genericamente, temos recebido incentivos a continuar o nosso trabalho nos diferentes órgãos.”
“Um executivo plural e diversificado não deve ser encarado como um problema, mas sim como uma oportunidade. Quando todas as forças políticas contribuem de forma construtiva, o resultado é sempre mais rico e equilibrado do que quando existe uma maioria absoluta”. Este é um dos recados de Alexandre Nunes, de 50 anos de idade, professor em Lagos, vereador da CDU – Coligação Democrática Unitária (formada pelo Partido Comunista Português e Partido Ecologista ‘Os Verdes’), que se recandidata à presidência do executivo municipal lacobrigense, nestas eleições autárquicas. Em entrevista por escrito ao ‘Litoralgarve’, apresenta um breve balanço do mandato que agora termina e aponta prioridades para os próximos quatro anos, desde a habitação à educação, passando pelo ambiente e pela mobilidade, entre outras áreas. E até revela qual é a medida que tomará logo na primeira reunião se chegar ao poder. “Manter a maioria das competências no órgão colegial da Câmara, evitando a concentração de poderes apenas no presidente” é a aposta do candidato da CDU, que promete, assim, “iniciar um modelo de governação transparente e verdadeiramente colaborativo, em que todas as forças eleitas tenham um espaço sério de participação em todas as fases da decisão.” É esse outro dos avisos que Alexandre Nunes deixa, em particular, ao atual presidente socialista, Hugo Pereira, nesta corrida eleitoral.
Paulo Silva
José Manuel Oliveira
Litoralgarve – Quais são as principais propostas que apresentou neste seu mandato como vereador da CDU na Câmara Municipal de Lagos, que foram aprovadas e colocadas em prática pelo executivo de maioria socialista? E as que foram rejeitadas ou, mesmo tendo sido aprovadas não foram concretizadas?
Alexandre Nunes – Das propostas aprovadas e executadas, na sua totalidade (existem poucas), realço o transporte da Onda Gratuito para menores de 18 anos. Entre as propostas aprovadas e não concretizadas, não é fácil escolher, pois estamos a falar de mais de 70 propostas. Realço, na área do ambiente, a classificação da Ponta da Piedade e da Ria de Alvor e a Garantia da universalidade e gratuitidade da educação do pré-escolar em Lagos.
Em relação às propostas não aprovadas, foram poucas, mas a proposta da criação das Áreas de reabilitação urbana para as freguesias, que permitiriam o incentivo à recuperação de imóveis, com baixo custo para o município, é incompreensível.
Há que “acelerar de todas as formas a conclusão dos projetos de habitação em curso”, “equipar todos os edifícios públicos de painéis solares” e “classificar a Ponta da Piedade e a Ria de Alvor como áreas protegidas”, além de “criar uma rede de ciclovias e um contínuo pedonal entre os principais transportes da cidade”
Litoralgarve – Qual será a primeira medida que pensa tomar se for eleito presidente da Câmara Municipal de Lagos? E porquê?
Alexandre Nunes – Na primeira reunião, a nossa prioridade será manter a maioria das competências no órgão colegial da Câmara, evitando a concentração de poderes apenas no presidente. Queremos iniciar um modelo de governação transparente e verdadeiramente colaborativo, em que todas as forças eleitas tenham um espaço sério de participação em todas as fases da decisão.
Este será o alicerce do trabalho seguinte, que se traduz em prioridades claras:
– Habitação: avançar de imediato com medidas urgentes, incluindo a promoção de novas cooperativas de habitação e programas de auto-construção, para responder às necessidades das famílias.
– Educação: dar resposta ao problema da falta de salas, identificando com urgência um terreno para a construção de uma nova Escola Básica Integrada (EBI) e lançando rapidamente o projeto para a sua concretização.
Estas medidas são fundamentais para que Lagos possa dar passos firmes no sentido de uma cidade mais justa, participativa e voltada para o futuro.
Litoralgarve – Nos próximos quatro anos de mandato, o que garante à população do concelho que irá concretizar?
Alexandre Nunes – Na questão anterior, já identifiquei as áreas prioritárias:habitação e educação. Acrescentaria ambiente esustentabilidade.
Na Habitação:
– Acelerar de todas as formas a conclusão dos projetos de habitação em curso.
– Avançar urgentemente para os novos projectos de habitação, utilizando o terreno recentemente adquirido, nomeadamente, auto-construção e cooperativas.
– Criar as áreas de reabilitação urbana nas freguesias, de forma a incentivar a recuperação dos imóveis e a sua utilização para habitação própria ou aluguer de longa duração.
Na Educação:
– Identificação de terreno para a construção de uma nova EBI [Escola Básica Integrada] para dar resposta ao problema da falta de salas do pré-escolar ao 3º. ciclo.
Ambiente e sustentabilidade:
– Equipar todos os edificios públicos de painéis solares.
– Classificar a Ponta da Piedade e a Ria de Alvor como áreas protegidas.
– Criar uma rede de ciclovias e criar um contínuo pedonal entre os principais transportes da cidade.

Os populares e os representantes de entidades oficiais dizem “que sentem a falta de ambição da gestão camarária”, liderada pelo PS. “E ficam surpreendidos quando tomam consciência do enorme orçamento que temos” no Município de Lagos
Litoralgarve – O que dizem os populares, nas ruas e noutros locais públicos, e os representantes de entidades oficiais, nos contactos que tem estabelecido?
Alexandre Nunes – Que sentem a falta de ambição da gestão camarária. Eficam surpreendidos quando tomam consciência doenorme orçamento que temos. [um montante global de cerca de 124 milhões de euros, em 2025, segundo a própria Câmara – n.d.r.]. Genericamente, temosrecebido incentivos a continuar o nosso trabalho nosdiferentes órgãos.
Litoralgarve – A vaga de assaltos, associada ao tráfico e consumo de droga, é uma das principais preocupações da população de Lagos, que receia o agravamento da situação. Como é possível combater esses problemas?
Alexandre Nunes – Não considero que esta seja a primeira preocupação, mas é sem dúvida um tema que exige toda a atenção. É importante reconhecer que muitas das soluções não dependem diretamente da Câmara Municipal. No entanto, cabe-nos ter um papel ativo: insistir junto das entidades competentes no reforço dos efectivos [policiais], promover reuniões mais regulares e eficazes do Conselho Municipal de Segurança e criar condições para uma maior articulação entre todas as forças de segurança e a comunidade.
“Em Lagos, a imigração representa quase 40% da população, segundo os últimos censos. Podemos distinguir dois fenómenos: por um lado, a imigração proveniente de países mais desenvolvidos, que gera algum dinamismo económico através do consumo, mas também contribui para o aumento do custo de vida, em particular da habitação; por outro, a imigração de trabalhadores que asseguram o funcionamento de serviços essenciais, desempenhando um papel fundamental para a economia local e para a sustentabilidade da Segurança Social.”
“É importante sublinhar que a falta de mão-de-obra não se resolve apenas com a imigração, mas terminando com os baixos salários e com precariedade laboral que marcam setores como o turismo.”
Litoralgarve – O que pensa da imigração em Lagos? O concelho necessita de mais imigrantes para resolver o problema da falta de mão-de-obra de que muitos empresários se queixam?
Alexandre Nunes – Em Lagos, a imigração representa quase 40% da população, segundo os últimos censos. Podemos distinguir dois fenómenos: por um lado, a imigração proveniente de países mais desenvolvidos, que gera algum dinamismo económico através do consumo, mas também contribui para o aumento do custo de vida, em particular da habitação; por outro, a imigração de trabalhadores que asseguram o funcionamento de serviços essenciais, desempenhando um papel fundamental para a economia local e para a sustentabilidade da Segurança Social.
É importante sublinhar que a falta de mão-de-obra não se resolve apenas com a imigração, mas terminando com os baixos salários e com precariedade laboral que marcam setores como o turismo. Inverter esta situação é essencial para garantir justiça social, valorizar o trabalho e permitir que Lagos continue a ser uma cidade inclusiva e sustentável.
“Entre os aspetos positivos, reconheço projetos como a requalificação da Ponta da Piedade e o plano para o Paul de Lagos”
“Mas os pontos negativos são mais pesados: falta de visão global para o concelho, ausência de uma estratégia de sustentabilidade a médio e longo prazo e uma cedência constante aos interesses da construção e do turismo, sem integrar critérios de sustentabilidade económica, social e ambiental.”

“Acresce, ainda, a fraca aposta na participação cidadã, com pouco incentivo ao envolvimento das pessoas nas várias áreas da governação”
“Tratou-se de uma gestão com meios financeiros significativos, mas sem a ambição e a visão necessárias para transformar Lagos num concelho mais equilibrado, justo e sustentável”
Litoralgarve – Como avalia este mandato camarário, presidido pelo socialista Hugo Pereira? Quais os aspectos positivos e negativos que destaca?
Alexandre Nunes – A avaliação que faço não se limita a este mandato, mas estende-se aos últimos mandatos do PS em Lagos, marcados por uma contradição evidente: orçamentos elevados — o 3.º maior da região e o maior ‘per capita’, se excluirmos os territórios de baixa densidade populacional — e, em simultâneo, um índice de desigualdade social acima da média do Algarve.
Entre os aspetos positivos, reconheço projetos como a requalificação da Ponta da Piedade e o plano para o Paul de Lagos.
Mas os pontos negativos são mais pesados: falta de visão global para o concelho, ausência de uma estratégia de sustentabilidade a médio e longo prazo e uma cedência constante aos interesses da construção e do turismo, sem integrar critérios de sustentabilidade económica, social e ambiental. Acresce, ainda, a fraca aposta na participação cidadã, com pouco incentivo ao envolvimento das pessoas nas várias áreas da governação.
Em suma, tratou-se de uma gestão com meios financeiros significativos, mas sem a ambição e a visão necessárias para transformar Lagos num concelho mais equilibrado, justo e sustentável.
“Posso assegurar aos Lacobrigenses que venho a eleições, muito motivado pelo incentivo que recebo e pela equipa que encabeço, que tem competência, coragem e motivação”
Litoralgarve – Sente o presidente mesmo motivado para o cargo que desempenha e a que agora se recandidata?
Alexandre Nunes – Confesso que não consigo responder a esta questão, até porque não gosto muito de basear a minha opinião em percepções. Prefiro dados concretos.
Posso assegurar aos Lacobrigenses que venho a eleições, muito motivado pelo incentivo que recebo e pela equipa que encabeço, que tem competência, coragem e motivação, para permitir Viver Melhor na Nossa Terra.
“A diferença da CDU é clara: as nossas propostas não são promessas vagas, mas têm como base trabalho já realizado e identificado, que infelizmente a atual Câmara não executou. É nesse compromisso de seriedade, transparência e continuidade que assenta a nossa candidatura.”
Da discórdia em relação a ‘slogans’ de candidatos, “que dividem as pessoas”, no concelho de Lagos, ao Livre que revela “um desconhecimento da realidade local, o que enfraquece a consistência das suas propostas”
Litoralgarve – Como vê os outros candidatos à presidência da Câmara Municipal de Lagos: Gilberto Viegas (AD – PSD e CDS/PP), Paulo Rosário Dias (Chega), Luís Barroso (Lagos Com Futuro) e Maria João Sacadura (Livre)?
Alexandre Nunes – Para nós, mais importante do que falar dos candidatos, é discutir as propostas. Reconhecemos que todas as candidaturas identificam os problemas da cidade, mas discordamos profundamente de soluções que dividem as pessoas, que se baseiam em slogans como lacobrigenses de bem; contra a chamada bandidagem. Esse caminho de estigmatização não serve Lagos nem o nosso concelho.
Quanto ao Livre, é evidente um desconhecimento da realidade local, o que enfraquece a consistência das suas propostas.
“Após mais de 20 anos de maioria absoluta, a pergunta impõe-se — temos hoje as respostas que gostaríamos para os principais problemas do concelho? A realidade demonstra que não. Por isso, vejo apenas vantagens no fim dessa maioria.”
Litoralgarve – Se não houver maioria absoluta de um só partido ou formação política, como perspectiva a gestão camarária e os próximos anos no município de Lagos? Poderá ser um mandato de curta duração? Que acordos políticos poderão ser estabelecidos?
Alexandre Nunes – Um executivo plural e diversificado não deve serencarado como um problema, mas sim como umaoportunidade. Quando todas as forças políticascontribuem de forma construtiva, o resultado é sempremais rico e equilibrado do que quando existe uma maioriaabsoluta.
A experiência em Lagos mostra isso mesmo: após mais de 20 anos de maioria absoluta, a pergunta impõe-se — temos hoje as respostas que gostaríamos para os principais problemas do concelho? A realidade demonstra que não.
Por isso, vejo apenas vantagens no fim dessa maioria. Uma nova fase, marcada pela pluralidade e pelo contributo de todos, poderá trazer soluções mais transparentes, participativas e ajustadas às necessidades reais da população.
“As férias mais longas, costumo passá-las em Portugal, sobretudo no interior do país. Para escapadelas de fim-de-semana, privilegio cidades europeias”, conta, ao ‘Litoralgarve’, Alexandre Nunes, candidato da CDU a presidente da Câmara Municipal de Lagos
Nome completo: Alexandre Afonso Marques Ribeiro Nunes
Data do nascimento: 11 de Janeiro de 1975
Signo:
Estado Civil: Casado
Filhos: Dois filhos de 19 e 22 anos.
Nasceu em Castelo Branco e não tem filiação partidária
Naturalidade: Castelo Branco
Residência: Lagos
Filiação partidária: Não tenho
Cargos políticos que já desempenhou (e exerce): Eleito [deputado] na Assembleia Municipal de Lagos, entre 2015-2021; actualmente, Vereador da Câmara Municipal de Lagos.
Professor do 2º. ciclo do Ensino Básico, nas disciplinas de Matemática e Ciências Naturais, é adepto do Sporting Clube de Portugal e ocupa os tempos livres, com desporto da natureza e leitura
Funções que ocupa (e já ocupou) em clubes e associações: Fiz parte da Direção do Sindicato dos Professores da Zona Sul durante 3 mandatos.
Profissão: Professor do 2º ciclo do Ensino Básico – Matemática e Ciências Naturais
Formação académica: Licenciatura em Ensino básico – Variante matemática e Ciências Naturais
Outros idiomas que domina: Não domino totalmente nenhum idioma, além do Português, mas consigo comunicar em Inglês, Francês, Castelhano e Catalão.
Clube desportivo da sua preferência: Em termos nacionais, Sporting Clube de Portugal. Porém, quando joga com clubes do Concelho de Lagos, torço sempre pela nossa terra.
Como ocupa os tempos livres: Desporto de natureza, leitura.
Onde costuma passar férias: As férias mais longas, costumo passá-las em Portugal, sobretudo no interior do país. Para escapadelas de fim-de-semana, privilegio cidades europeias.
“No Verão, umas sardinhas assadas com uma salada algarvia” são o prato favorito
Gastronomia / prato preferido: Depende da altura do ano. No Verão, umas sardinhas assadas com uma salada algarvia.
Religião: Tive uma educação protestante, mas atualmente não professo nenhuma religião.
“Empatia” como principal virtude e “obstinado” como principal defeito
A sua principal virtude: Empatia
E o seu principal defeito: Obstinado
“Tenho uma grande simpatia por todos os democratas e em Portugal particularmente por aqueles que combateram e combatem as ditaduras”
A figura nacional que mais admira e porquê? Não sou de admirar pessoas, tenho uma grande simpatia por todos os democratas e em Portugal particularmente por aqueles que combateram e combatem as ditaduras.
E a nível internacional?
Do mesmo modo, não tenho uma referência numa pessoa, mas admiro todos os democratas que continuam a lutar por um Mundo mais justo.
“Ainda que de forma tardia”, Portugal “sem dúvida que fez bem” em reconhecer o Estado da Palestina
Portugal fez bem em reconhecer o Estado da Palestina? Porquê?
Sem dúvida que fez bem, ainda que de forma tardia. Apesar da comunicação enviesada sobre o direito à defesa de Israel, a única solução viável para a região passa pela existência de dois Estados — o da Palestina e o de Israel.
Marcelo Rebelo de Sousa com “avaliação negativa” e “fica para a História sobretudo pelas dissoluções sucessivas” do Parlamento
Como avalia os dois mandatos do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa?
A avaliação é negativa. Era expectável a forma como encararia o cargo, mas fica para a História sobretudo pelas dissoluções sucessivas da Assembleia da República.
“O meu apoio é claro a António Filipe. Dos candidatos apresentados até agora, não vejo outro com condições para ser o garante firme do cumprimento da Constituição”, nas eleições a realizar em Janeiro de 2026 para a Presidência da Republica
Se o comunista António Filipe não for eleito próximo Chefe de Estado, em Portugal, nas eleições a realizar em 2026, quem será a figura ideal para desempenhar o cargo? E Porquê?
O meu apoio é claro a António Filipe. Dos candidatos apresentados até agora, não vejo outro com condições para ser o garante firme do cumprimento da Constituição.
Quem lidera as listas da CDU aos órgãos do Município de Lagos
1.ª Candidata à Assembleia de Freguesia de Barão de S. João – Maria Filomena Carmo, Professora
1.ª Candidata à Assembleia de Freguesia de Bensafrim – Maria Carmo Cruz, Artesã
1.ª Candidata à Assembleia de Freguesia da Luz – Hélia Furtado, Licenciada em Gestão de Empresas
1.º Candidato à Assembleia de Freguesia de Odiáxere – Manuel Catarino, Advogado Estagiário
1.ª Candidata à Assembleia de Freguesia de S. Gonçalo de Lagos – Maria João Sales, Professora
1.º Candidato à Assembleia Municipal de Lagos- José Manuel Freire, Técnico Administrativo
1.º Candidato à Câmara Municipal de Lagos – Alexandre Nunes, Professor










