Entrevista a Hélder Martins, presidente da AHETA: “No final do ano, a esmagadora maioria de clientes que procura o Algarve são nacionais”. Existem “programas acessíveis a todas as bolsas”

“Há dois tipos de clientes: por um lado, as famílias que procuram um pacote organizado, com estadia e animação e esses clientes costumam reservar com mais antecedência. Por outro lado, temos outro grupo de clientes, essencialmente mais jovens que procuram os espetáculos de rua e que utilizam as unidades de alojamento apenas na versão quarto e pequeno-almoço.”

Em entrevista por escrito ao ‘Litoralgarve’, o presidente da Direção da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), empresário HÉLDER Manuel Faria MARTINS, de 67 anos (completará 68 no dia 23 de Janeiro de 2026) e residente em Quarteira, no concelho de Loulé, considera positivo o ano de 2025, espera que o próximo siga na mesma linha nesta actividade económica e aposta em conquistar novos mercados com poder de compra.

Em termos laborais, o Algarve “necessita” de imigrantes, sobretudo qualificados, reconhece Hélder Martins, que explica o motivo pelo qual é difícil garantir colaboradores portugueses na área do turismo, embora estes continuem em maioria no mercado de trabalho.

Por outro lado, recém-eleito vereador da Câmara Municipal de Loulé, na lista da coligação liderada pelo PSD e num executivo presidido pelo PS, Hélder Martins, que não chegou ao ‘cadeirão’ autárquico por escassos 79 votos, ainda digere a derrota. “Perder por tão poucos custa sempre muito, mas… a vida continua. Tenho muita pena, pois a minha equipa tinha um projeto de grande dinamismo para o Algarve, o qual ficou adiado”, afirma o vereador social-democrata, que garante cumprir o mandato. E aproveita para deixar recados ao novo presidente socialista, Telmo Pinto: “Quem ganha sem maioria tem de saber trabalhar em conjunto com as restantes forças políticas eleitas.” 

José Manuel Oliveira

Litoralgarve – Qual a tendência para famílias passarem o Natal em unidades hoteleiras?

Hélder Martins – Cada vez mais se vem notando a opção das famílias por passarem o período de Natal em unidades hoteleiras. Embora essa ocupação não tenha ainda um significado expressivo, no entanto o seu incremento tem sido notório. Essa ocupação nota-se em todo o Algarve. Os custos da ocupação estão adequados à classificação das unidades, mas não é muito caro, pois estamos na época baixa da atividade turística.

“É significativo o número de pessoas que se desloca ao Algarve no final do ano, este ano incrementado pelo fato de se tratar de um fim-de-semana que pode ser prolongado”

Litoralgarve – E como perspectiva a passagem-de-ano no Algarve? A animação proporcionada pelas autarquias, com fogo-de- artifício, música e artistas na via pública, atrai mais pessoas a esta região, ou a situação é idêntica a outros locais do país?

Hélder Martins – É significativo o número de pessoas que se desloca ao Algarve no período de final-do-ano, este ano incrementado pelo fato de se tratar de um fim-de-semana que pode ser prolongado. Há dois tipos de clientes: por um lado, as famílias que procuram um pacote organizado, com estadia e animação e esses clientes costumam reservar com mais antecedência. Por outro lado, temos outro grupo de clientes, essencialmente mais jovens que procuram os espetáculos de rua e que utilizam as unidades de alojamento apenas na versão quarto e pequeno-almoço.

Assim, o Algarve apresenta uma diversidade de programas acessíveis a todas as bolsas.

Litoralgarve – Quais os concelhos onde vão estar mais turistas? E de que nacionalidades?

Hélder Martins – Os concelhos onde se realizam espetáculos de rua [Vila Real de Santo António, Faro, Albufeira, concelho de Loulé, Portimão e Lagos, entre outros – n.d.r.], com excelentes cartazes de animação, esses são certamente aqueles onde mais turistas irão estar. No final do ano, a esmagadora maioria de clientes que procura o Algarve são os clientes nacionais.  

“Hoje, é fácil escolher outro qualquer destino para que alguém possa escolher para esta época do ano.”

Litoralgarve – Passar o fim-de-ano noutros países é atração para muitos portugueses?

Hélder Martins –  Hoje, é fácil escolher outro qualquer destino para que alguém possa escolher para esta época do ano. É só questão de escolher o destino, reservar os voos e o programa, ou então recorrer a um programa organizado por um operador.

Litoralgarve – Onde vai passar o fim-de-ano?

Hélder Martins – Vou passar no Algarve. O Natal [foi] em casa e o final de ano ainda não decidi o local.

Os dez principais mercados turísticos no Algarve, em 2025, ano “muito positivo, com aumento de ocupação e resultados”

“Os números ainda não estão fechados”

Litoralgarve – Que balanço faz ao ano de 2025, que agora termina? Houve mais ou menos turistas no Algarve? E receitas? Quantos milhões de euros poderão ter sido faturados nesta região?

Hélder Martins – O balanço foi muito positivo, com aumentos de ocupação e de resultados. Tivemos novas rotas com a vinda de turistas de novos destinos, o que é muito positivo. Os números ainda não estão fechados e a seu tempo confirmaremos estes resultados. Esperamos que o próximo ano siga nesta direção.

Litoralgarve – Quais os principais mercados? 

Hélder Martins – Os mercados tradicionais que escolhem o Algarve, nomeadamente Reino Unido, Alemanha, França, países do norte da Europa, Estados Unidos, entre outros.

Top 10 – 2025:

Reino Unido28,6%
Portugal22,2%
Alemanha9,2%
Irlanda6,9%
Países Baixos5,9%
França4,8%
Espanha3,6%
Estados Unidos2,7%
Canadá2,3%
Bélgica1,7%
      

“Portugueses preferem Verão / Praia. Normalmente, são o principal mercado no sotavento, ficando atrás dos britânicos em Albufeira e [concelho de] Loulé.”

Litoralgarve – O que preferem os turistas portugueses no Algarve e quanto gastam, em média, por dia? E os estrangeiros? No Verão e noutras épocas do ano?

Hélder Martins – Portugueses preferem Verão / Praia. Normalmente, são o principal mercado no sotavento, ficando atrás dos britânicos em Albufeira e Loulé. Há vários estudos sobre as estimativas das despesas… mas não temos dados nossos.

Litoralgarve – Que queixas se ouvem?

Hélder Martins – O tradicional, mas o Algarve não é um destino onde tenhamos muitas reclamações dos clientes.

“O que temos de trabalhar, em conjunto, públicos e privados, tem a ver com o tratamento dos espaços exteriores a nível de imagem.”

“O espaço público tem de ter o mesmo tratamento, quer dentro dos ‘resorts’, quer no exterior. A limpeza, a sinalética, a proliferação de ‘outdoors’, a qualidade dos meios de transporte e vias de comunicação, etc., devem merecer a nossa atenção.”

Litoralgarve – O que falta nas cidades e como resolver os problemas?

Hélder Martins – O que temos de trabalhar, em conjunto, públicos e privados, tem a ver com o tratamento dos espaços exteriores a nível de imagem. O espaço público tem de ter o mesmo tratamento, quer dentro dos ‘resorts’, quer no exterior. A limpeza, a sinalética, a proliferação de ‘outdoors’, a qualidade dos meios de transporte e vias de comunicação, etc., devem merecer a nossa atenção.

“Para que consigamos fixar mais trabalhadores, temos de poder facilitar alojamento, por exemplo, para tornar mais atrativa a vinda de “talento” para o Algarve.”

Litoralgarve – Tem havido falta de trabalhadores?

Hélder Martins – Hoje, já não há tanta falta de trabalhadores, em geral, faltando-nos mão-de-obra qualificada em diversas áreas. Para que consigamos fixar mais trabalhadores, temos de poder facilitar alojamento, por exemplo, para tornar mais atrativa a vinda de “talento” para o Algarve.

“Não diria que o Algarve precisa de muito mais unidades hoteleiras, mas sim de requalificar muitas das unidades existentes, que já têm, nalguns casos, mais de cinquenta anos.” 

Litoralgarve – Quantos novos hotéis são necessários no Algarve?

Hélder Martins – Estão em ‘pipe line’ [em projecto] algumas unidades por todo o Algarve. Não diria que o Algarve precisa de muito mais unidades hoteleiras, mas sim de requalificar muitas das unidades existentes, que já têm, nalguns casos, mais de cinquenta anos. 

Na hotelaria, restauração e no comércio, “cerca de 30 por cento” são trabalhadores imigrantes, nomeadamente “brasileiros, nepaleses, indianos”

Litoralgarve – O que representam os imigrantes, em termos percentuais, na hotelaria, restauração e no comércio? Quais as nacionalidades?

Hélder Martins –  Cerca de 30%. As nacionalidades são brasileiros, nepaleses, indianos, etc.

Litoralgarve – E os portugueses?

Hélder Martins – O grande grupo de colaboradores no turismo são portugueses.

“A nova legislação evita a vinda em massa de imigrantes sem qualquer especialização e que antes podiam vir apenas para procurar emprego”

Litoralgarve – A nova lei da nacionalidade, após mudanças a introduzir pelo governo, devido à recente reprovação de vários pontos pelos juízes do Tribunal Constitucional, pode afastar imigrantes de Portugal? O que pensa da legislação em preparação?

Hélder Martins – Não. A nova legislação evita a vinda em massa de imigrantes sem qualquer especialização e que antes podiam vir apenas para procurar emprego. Nos novos processos legais, escolhemos os colaboradores, contratualizamos e garantimos, essencialmente, o alojamento aos mesmos.

“Sim”, o turismo necessita de imigrantes

Falta de portugueses? “Há cada vez mais dificuldade em garantir trabalhadores que se adaptem aos horários e condições de quem trabalha no turismo. Desde a pandemia que tal se tem vindo a verificar.”

Litoralgarve – O turismo necessita de imigrantes?

Hélder Martins – Sim, necessita.

Litoralgarve – Porque existe dificuldade em garantir trabalhadores portugueses?

Hélder Martins – Porque há cada vez mais dificuldade em garantir trabalhadores que se adaptem aos horários e condições de quem trabalha no turismo. Desde a pandemia que tal se tem vindo a verificar.

Em 2026, há que “fidelizar os mercados conseguidos” e “continuar na procura de novos”

Litoralgarve – Como perspetiva o ano 2026?

Hélder Martins – Para o próximo ano pensamos que devemos fidelizar os mercados conseguidos e, através da parceria Turismo de Portugal / RTA [Região de Turismo do Algarve] / privados, continuar na procura de novos mercados e novas rotas.

“A Região de Turismo e a ATA [Associação de Turismo do Algarve] são os “braços armados” do setor na procura de mais e melhores clientes para o Algarve”

Litoralgarve – Que avaliação faz ao papel da Região de Turismo do Algarve?

Hélder Martins –   A Região de Turismo e a ATA [Associação de Turismo do Algarve] são os “braços armados” do setor na procura de mais e melhores clientes para o Algarve.

Temos parcerias fundamentais entre todos, quer na procura de clientes, quer de eventos. Espero que o aumento de verbas com que o governo conseguiu reforçar os orçamentos regionais, da RTA e ATA, continue e sejam incrementados no futuro. A principal região de turismo do país não pode ter orçamentos tão baixos para se promover.

“A qualidade do destino depende muito da atividade municipal”

Litoralgarve – E o que espera da AMAL / Comunidade Intermunicipal do Algarve?

Hélder Martins – Espero que os novos intervenientes, que agora iniciam funções, tenham o turismo sempre presente nas suas decisões, pois a qualidade do destino depende muito da atividade municipal.

Tempestades, inundações, sismos? “Há fatores nesta área que começam a ser presentes no Algarve e para os quais temos de nos preparar.”

Litoralgarve – Portugal, em geral, e o Algarve, em particular, estão preparados para intempéries, nomeadamente tempestades, inundações e sismos?

Hélder Martins – Há fatores nesta área que começam a ser presentes no Algarve e para os quais temos de nos preparar. As diferentes estruturas regionais e nacionais nestas áreas estão devidamente apetrechadas de meios humanos e materiais, o que nos dá muita confiança no futuro.

Litoralgarve – Há quem já receie um novo apagão no país? Quais as repercussões que poderá causar essa situação ao turismo?

Hélder Martins – Esperamos que tal não aconteça, mas no anterior apagão todos tirámos ilações que devemos ter sempre presentes.

Litoralgarve – O que é necessário fazer para enfrentar esses problemas?

Hélder Martins – Identificar potenciais “pontos fracos” e ter soluções de recurso para os mesmos.

INEM fora do Algarve? “Se acontecer algum rearranjo burocrático, o que é importante, são os meios de socorro presentes na região.”

Litoralgarve – O que poderá acontecer ao Algarve se o Governo lhe retirar a Delegação Regional do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), como se fala?

Hélder Martins – Espero que isso não venha a acontecer. Se acontecer algum rearranjo burocrático, o que é importante, são os meios de socorro presentes na região.

Fórmula 1 no Autódromo Internacional do Algarve, concelho de Portimão, em 2027 e 2028? “Nós temos de ter um calendário regional de eventos internacionais para, por um lado, trazer milhares de clientes ao Algarve, especialmente nas épocas baixa e média e que, por outro lado, levam a imagem do Algarve pelo mundo”

Litoralgarve – Como encara o regresso da Fórmula 1 ao Autódromo Internacional do Algarve, situado no concelho de Portimão, em 2027 e 2028? Como se deve a região preparar para um evento deste tipo?

Hélder Martins – Uma excelente notícia. Nós temos de ter um calendário regional de eventos internacionais para, por um lado, trazer milhares de clientes ao Algarve, especialmente nas épocas baixa e média e que, por outro lado, levam a imagem do Algarve pelo mundo. Continuaremos a lutar por conseguir mais alguns eventos deste género.

“Respeito as decisões dos diferentes órgãos judiciais e, quando não foi aceite o nosso pedido de recontagem dos votos, ficámos tristes, pois tal iria colocar a verdade acima de tudo” nas recentes eleições autárquicas no município de Loulé, que o PS venceu

Derrota por 79 votos? “Perder por tão poucos custa sempre muito, mas… a vida continua.”

Litoralgarve – Em termos políticos: como candidato numa lista liderada pelo PSD, com o apoio do CDS e da Iniciativa Liberal, não foi eleito presidente da Câmara Municipal de Loulé por apenas 79 votos, nas eleições autárquicas realizadas no dia 12 de Outubro de 2025. Como se sentiu? O que representou essa derrota para o senhor e o processo polémico que envolveu a contagem dos votos?

Hélder Martins – Eu respeito as decisões dos diferentes órgãos judiciais e, quando não foi aceite o nosso pedido de recontagem dos votos, ficámos tristes, pois tal iria colocar a verdade acima de tudo, retirando quaisquer dúvidas que existisse, mas acatámos a decisão.

Perder por tão poucos custa sempre muito, mas… a vida continua.

Tenho muita pena, pois a minha equipa tinha um projeto de grande dinamismo para o Algarve, o qual ficou adiado.

“Estou a cumprir, desde a primeira hora”, o mandato de vereador da coligação PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal, na oposição, na Câmara Municipal de Loulé

Litoralgarve – Vai cumprir o mandato como vereador na oposição?

Hélder Martins – Sim, estou a cumprir, desde a primeira hora.

“Quem ganha sem maioria tem de saber trabalhar em conjunto com as restantes forças políticas eleitas” 

Litoralgarve – O que espera deste executivo municipal socialista em Loulé, sem maioria absoluta? O que vai exigir?

Hélder Martins – Que cumpra as suas promessas e que trabalhe em conjunto com a oposição que também tinha propostas muito importantes para o concelho. Quem ganha sem maioria tem de saber trabalhar em conjunto com as restantes forças políticas eleitas. 

“São imensos” os problemas do concelho de Loulé, “desde haver cerca de duas mil famílias à espera de uma casa para viver com dignidade, as acessibilidades”, além da “falta de lares, escolas, centros de dia e creches”, e de condições para os trabalhadores da autarquia

Litoralgarve – Quais os principais problemas do concelho de Loulé?

Hélder Martins – São imensos. Por um lado, haver cerca de duas mil famílias à espera de uma casa para viver com dignidade, as acessibilidades, as condições para que os trabalhadores da autarquia possam desempenhar as suas funções com dignidade; por outro, a falta de lares, escolas, centros de dia e creches, etc.

Regionalização? “O Algarve teria condições para ser uma região piloto, mas no resto do país o processo já não é tão fácil.”

“A contínua descentralização de serviços por parte do governo nas CCDR’s  (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) pode ser uma solução de aproximar a decisão dos munícipes.”

Litoralgarve – O Algarve necessita da regionalização?

Hélder Martins – Não tenho uma opinião muito clara sobre esse tema, o qual foi rejeitado, em referendo. Creio que o Algarve teria condições para ser uma região-piloto, mas no resto do país o processo já não é tao fácil. A contínua descentralização de serviços por parte do governo nas CCDR’s (Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional) pode ser uma solução de aproximar a decisão dos munícipes.

José Apolinário “tem feito um trabalho importante de conciliação e lutado pelos interesses do Algarve” como presidente da CCDRA

Litoralgarve – A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Algarve (CCDRA) deve manter o socialista José Apolinário como presidente? Quais os aspectos positivos e negativos que destaca na sua ação?

Hélder Martins – Penso que tem feito um trabalho importante de conciliação e lutado pelos interesses do Algarve. Ao ser indicado, de novo, para encabeçar a lista candidata é um sinal de reconhecimento pelo seu trabalho.

“O PRR (Plano de Recuperação e Resilência) é um instrumento importante para o Estado se apetrechar, requalificando infraestruturas e construindo outras. No entanto, o tempo para essa execução é muito curto e deverá ser prorrogado.”

“Para as empresas, o PRR, de início, não foi muito virado para estas actividades. As empresas foram o parente pobre, o que foi uma pena.”

Litoralgarve – O Algarve está a aproveitar bem as verbas do Plano de Recuperação e Resilência (PRR)? O que falta fazer?

Hélder Águas – O PRR é um instrumento importante para o Estado se apetrechar, requalificando infraestruturas e construindo outras. No entanto, o tempo para essa execução é muito curto e deverá ser prorrogado. Para as empresas, o PRR, de início, não foi muito virado para estas actividades. As empresas foram o parente pobre, o que foi uma pena.

No mês de Novembro de 2025, as unidades de alojamento do Algarve registaram uma descida de 3,1 pontos percentuais na taxa de ocupação por quarto em comparação com o mesmo mês do ano passado 

De acordo com a Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), sedeada em Albufeira, em Novembro de 2025, as unidades de alojamento nesta região “registaram uma descida de 3,1pp (pontos percentuais) na taxa de ocupação quarto face ao mês homólogo de 2024.”

Britânicos, alemães e irlandeses figuram entre os mercados com quebras nesta altura do ano. Já entre os aumentos encontram-se os portugueses

Eis os dados:

– “ A taxa de ocupação quarto foi de 41,3%, 3,1pp (-7,0%) abaixo do valor verificado em 2024.

• Os mercados que mais contribuíram para a variação da ocupação cama foram o britânico (-1,3pp, -15,9%), o alemão (-0,8pp, -18,2%) e o irlandês (-0,3pp, -20,5%), entre as quebras, e o nacional (+0,3pp,+7,3%) entre os aumentos.

Noruegueses, suecos e neerlandeses (holandeses) passaram onze noites no Algarve, correspondendo às estadias médias mais prolongadas

• A estadia média foi de 3,5 noites, menos 0,2 que o verificado no mês homólogo do ano anterior.

• As estadias médias mais prolongadas foram as do mercado norueguês, com 11,0 noites, do sueco com 9,2 e do neerlandês, com 8,2.

Com 31 euros, receita média diária por quarto disponível aumentou um por cento

• O RevPAR [receita por quarto disponível] aumentou 1,0%, atingindo os 31€.”