“Essas possibilidades serão equacionadas em devido tempo”, diz, ao ‘Litoralgarve, o presidente da Direção da AHETA, Hélder Martins
Presidiu à Direcção daquela associação durante 26 anos e acabou por perder as eleições para este órgão no dia 21 de Janeiro de 2022. Nascido a 11 de Novembro de 1949, em Paderne, localidade do concelho de Albufeira, Elidérico Viegas faleceu em Faro, onde vivia com a família, a cinco dias de completar 75 anos de idade, devido a problemas de saúde. Ao nosso Jornal, o atual presidente da Direção da AHETA – Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Hélder Martins, recorda-o como “uma pessoa de princípios e sempre em defesa das suas posições”. “Durante o período em que estive na RTA (Região de Turismo do Algarve), mantivemos centenas de reuniões de trabalho”, destaca. Homenagem a Elidérico Viegas será equacionada.
José Manuel Oliveira
“Guardo a imagem de uma pessoa de princípios e sempre em defesa das suas posições. Durante o período em que estive na RTA (Região de Turismo do Algarve), mantivemos centenas de reuniões de trabalho, fruto da participação de duas entidades em múltiplos projetos.” Foi esta a reação do atual presidente da Direção da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), em declarações ao nosso Jornal, sobre o fundador e antigo responsável daquele organismo, Elidérico Viegas, que faleceu no dia 07 de Novembro (passada quinta-feira) com 74 anos de idade. A sua morte ocorreu a cinco dias de completar 75 anos. Nasceu a 11 de Novembro de 1949 em Paderne, localidade situada no concelho de Albufeira.
“Nunca mais nos encontrámos depois do ato eleitoral” realizado para os órgãos sociais da AHETA, no dia 21 de Janeiro de 2022
Ao ser questionado pelo ‘Litoralgarve’, como estavam as relações pessoais entre ambos, ou seja, entre o antigo e o atual presidente da Direção da AHETA, se as mesmas se tinham esfriado ou se falavam normalmente, Hélder Martins apenas respondeu: “Nunca mais nos encontrámos depois do acto eleitoral” realizado no dia 21 de Janeiro de 2022, a uma sexta-feira, para os órgãos sociais daquela associação de turismo.
Após 26 anos na presidência da Direção da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Elidérico Viegas acabou por perder, naquela data, as eleições, com 45 por cento dos votos, enquanto Hélder Martins, o novo líder, obteve 54 por cento.
Colocação do nome de Elidérico Viegas numa sala da sede da AHETA, ou sugestão para uma artéria na cidade de Albufeira em sua homenagem
Já sobre a hipótese de a AHETA pode homenagear Elidérico Viegas, nomeadamente através da colocação do seu nome numa sala da sua sede, situada em Albufeira, ou com a sugestão junto do município local, para que uma artéria desta cidade possa ostentar o nome do fundador e antigo presidente da Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, Hélder Martins disse ao nosso Jornal: “Essas possibilidades serão equacionadas em devido tempo.”
Recorde-se que a informação referente à morte de Elidérico Viegas foi avançada precisamente pela AHETA que, num comunicado publicado nas redes sociais, manifestou o “profundo pesar” pelo falecimento do fundador e histórico presidente desta associação, tendo, face ao sucedido, o atual presidente, Hélder Martins, ausente do país, lamentado “tamanha perda” numa publicação no ‘Facebook’. “O seu legado e dedicação à nossa associação e à comunidade são imensuráveis e serão lembrados com carinho e gratidão por todos nós”, destacou Hélder Martins.
“Ainda muito jovem, iniciou-se na atividade turística, depois de frequentar um curso de turismo na Escola Hoteleira do Algarve, numa altura em que ainda não havia hotéis na região”, recorda quem com ele conviveu ao longo de décadas. Posteriormente, trabalhou como rececionista, chefe de receção, subdiretor e diretor de hotel. Era graduado em Gestão Hoteleira e possuía vários cursos de gestão e marketing na área do turismo.
Já a partir dos 25 anos de idade, Elidérico Viegas ingressou no mundo empresarial do turismo e em outros setores de actividade. Por esse motivo, desde jovem foi convidado a exercer funções de dirigente associativo, tanto em estruturas regionais, como a nível nacional.
Elidérico Viegas frequentou o ensino secundário na Escola Industrial e Comercial de Faro, actual Escola Tomás Cabreira, tendo finalizado o Curso Geral do Comércio. Depois, estudou na Secção Preparatória. “Ainda muito jovem, iniciou-se na atividade turística, depois de frequentar um curso de turismo na Escola Hoteleira do Algarve [em Faro], numa altura em que ainda não havia hotéis na região”, recorda quem com ele conviveu ao longo de décadas. Posteriormente, trabalhou como rececionista, chefe de receção, subdiretor e diretor de hotel. Era graduado em Gestão Hoteleira e possuía vários cursos de gestão e marketing na área do turismo.
Já a partir dos 25 anos de idade, Elidérico Viegas ingressou no mundo empresarial do turismo e em outros setores de actividade. Por esse motivo, desde jovem foi convidado a exercer funções de dirigente associativo, tanto em estruturas regionais, como a nível nacional.
“Esteve intimamente ligado à afirmação e consolidação turística da Praia da Oura [em Albufeira], durante mais de 30 anos. Foi fundador e dirigente de várias organizações associativas empresariais no Algarve e no país”, conta um dos muitos seus amigos.
Há um ano, Elidérico Viegas lançou o seu livro de memórias «Guiné 1971-1972-1973: A guerra que a História quer esquecer», editado pela Arandis, num evento que teve lugar na Biblioteca Municipal de Faro. E segundo amigos do agora falecido, “tinha em mente publicar mais um livro sobre a problemática turística e outros temas sociais ligados ao Algarve.”
Em Novembro do ano passado, Elidérico Viegas lançou o seu livro de memórias intitulado «Guiné 1971-1972-1973: A guerra que a História quer esquecer», editado pela Arandis, num evento que teve lugar na Biblioteca Municipal de Faro. E também, segundo amigos do agora falecido, “tinha em mente publicar mais um livro sobre a problemática turística e outros temas sociais ligados ao Algarve.” Era casado e tinha filhos.
“Estava doente, tinha sido aconselhado a ser internado e não quis”, contaram ao nosso Jornal
De acordo com informações recolhidas pelo ‘Litoralgarve’, Elidérico Viegas “estava doente, tinha sido aconselhado a ser internado e não quis”. Acabou por falecer em Faro, onde residia com a família.
No funeral, que teve lugar durante a manhã da passada sexta-feira, dia 8 de Novembro, com velório na Igreja de São Luís, naquela cidade, junto ao estádio com o mesmo nome, propriedade do Sporting Clube Farense, compareceu mais de uma centena de pessoas.
Entre algumas figuras, destaque para o presidente da Câmara Municipal de Faro, o social-democrata Rogério Bacalhau, que cumpre o seu terceiro mandato consecutivo, não podendo, por isso recandidatar-se ao cargo nas eleições autárquicas a realizar-se em Setembro ou Outubro de 2025, pelo que circulam informações sobre a possibilidade de vir a integrar os órgãos sociais da empresa intermunicipal «Águas do Algarve».
Nas exéquias fúnebres, foi também notória a presença do antigo presidente da Comissão Política Distrital de Faro do PSD, Mendes Bota, que já exerceu funções de deputado na Assembleia da República e eurodeputado em Bruxelas, entre outros cargos, falando-se, agora, no cenário de poder vir a concorrer à presidência da Câmara Municipal de Faro, ou da de Loulé, o que representaria um regresso concelho de onde é natural.
Álvaro Viegas, outro antigo deputado do PSD, esteve igualmente na despedida a Elidérico Viegas. O nome de Álvaro Viegas tem sido associado a um eventual ingresso na Direção do Algarve do Instituto Português do Desporto e Juventude (IPDJ), atualmente liderada pelo socialista Custódio Moreno.










