Operação inclui a “vigilância e o controlo dos espaços marítimos, através de ações de patrulhamento no mar e em terra, junto à orla costeira do Algarve”, anuncia, em comunicado, o Gabinete de Imagem e Relações Públicas da Autoridade Marítima Nacional.
José Manuel Oliveira
Depois de 38 migrantes de nacionalidade marroquina – 25 homens, seis mulheres e sete menores – terem desembarcado, em situação irregular, numa pequena embarcação de madeira artesanal, na praia da Boca do Rio, situada na freguesia de Budens, no concelho de Vila do Bispo, ao final da tarde da passada sexta-feira, dia 08 de Agosto, como o ‘Litoralgarve’ noticiou, a Autoridade Marítima Nacional (AMN) e a Marinha Portuguesa decidiram tomar medidas, de forma a evitar a ocorrência de mais casos deste tipo.
Nesse sentido, foi anunciado o reforço da “vigilância e o controlo dos espaços marítimos, através de ações de patrulhamento no mar e em terra, junto à orla costeira do Algarve.”
O apelo dirigido à população: “Qualquer observação de embarcações suspeitas ou movimentações invulgares junto à costa portuguesa” deve ser comunicada às autoridades
Em comunicado, o Gabinete de Imagem e Relações Públicas da AMN refere que a “Autoridade Marítima Nacional e a Marinha Portuguesa incrementaram, de imediato, a vigilância na região, através de um planeamento conjunto e coordenado de meios, com o objetivo de assegurar uma capacidade acrescida na detecção e interceção de embarcações que possam tentar aceder irregularmente ao território nacional por via marítima.”
Ao mesmo tempo, “as autoridades agradecem a colaboração da população, solicitando que contactem o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento Marítimo (MRCC Lisboa), ou o Comando Local da Polícia Marítima”, se houver “qualquer observação de embarcações suspeitas ou movimentações invulgares junto à costa portuguesa”, conclui o comunicado da Autoridade Marítima Nacional.
GNR anuncia ter concluído diligências de encaminhamento dos migrantes resgatados pela Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras.
Está a assegurar o seu encaminhamento para os Centros de Instalação Temporária existentes no país
Por outro lado, a Guarda Nacional Republicana (GNR), em comunicado divulgado ao início da noite de segunda-feira, 11 de Agosto, informou ter “concluído diligências de encaminhamento” dos migrantes resgatados no Algarve.
“Nesta noite [segunda-feira], dois homens, uma mulher e três crianças serão encaminhados para os referidos centros, tendo sido dada prioridade às famílias com menores de idade”
“Prevê-se que, nos próximos dias, seja concluído o processo de encaminhamento dos restantes migrantes”
“Na sequência do resgate dos 38 migrantes, que ocorreu na passada sexta-feira, dia 8 de agosto, no concelho de Vila do Bispo, a GNR, através da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras e do Comando Territorial de Faro, encontra-se a assegurar o encaminhamento dos mesmos para os Centros de Instalação Temporária”, sublinha aquela força de segurança.
“A Guarda, em estreita articulação com diversas entidades, tem efetuado todas as diligências e procedimentos necessários, previstas no âmbito do Plano Nacional de Contingência de Fronteiras e Retorno, para o respetivo encaminhamento dos referidos migrantes para os Centros de Instalação Temporária”, nota. Esses centros, recorde-se, acolhem os migrantes em situação irregular até à sua saída do país, por decisão dos tribunais.
E acrescenta o comunicado da GNR: “Nesta noite, dois homens, uma mulher e três crianças serão encaminhados para os referidos centros, tendo sido dada prioridade às famílias com menores de idade. Prevê-se que, nos próximos dias, seja concluído o processo de encaminhamento dos restantes migrantes.”
A concluir, a GNR salienta que “as diligências até agora desenvolvidas resultam de um esforço conjunto que mobilizou meios humanos e logísticos de diferentes forças e serviços, demonstrando a capacidade de resposta, a dedicação e o profissionalismo dos militares da Guarda e de todos os parceiros institucionais.”
Câmara Municipal de Vila do Bispo acolheu os migrantes no Pavilhão Multiusos Clésio Ricardo, em Sagres, com camas e meios de higiene, além de alimentação
Como o ‘Litoralgarve’ destacou, em entrevista concedida pela presidente da Câmara Municipal de Vila do Bispo, Rute Silva, os migrantes marroquinos foram acolhidos no Pavilhão Multiusos Clésio Ricardo, em Sagres. Ali “foram montadas camas e colocados, ao dispor dos 38 migrantes, ‘kits’ de higiene e alimentação. Nessas instalações podem tomar banho, pois existem balneários”, referiu a autarca, acrescentando que os indivíduos estão sob a vigilância de militares da GNR.