Os dados do Instituto Nacional de Estatística vieram evidenciar a necessidade de diversificar a base económica do Algarve, dependente, sobretudo, do turismo, tal como os candidatos do PSD pelo Círculo de Faro às próximas eleições legislativas têm vindo a propor ao longo das últimas semanas.
O boletim do INE, divulgado no mês de dezembro, dá conta de uma redução de 16,7% do Produto Interno Bruto da região, em 2020, impulsionada pelo decréscimo da atividade do comércio, transportes e alojamento e restauração. Apesar de ter havido uma queda em todo o país, os dados relativos ao Algarve representam o dobro do verificado a nível nacional (8,4%) e estão mesmo acima dos apontados para a Região Autónoma da Madeira (14,3%), também ela fortemente dependente da atividade turística.
“A economia do Algarve depende, em cerca de 60% do turismo e esta é uma realidade que queremos mudar. O turismo faz parte da região, não o podemos negar nem esquecer, mas o Algarve não pode estar tão exposto a crises sob pena de enfrentar consequências graves como verificámos em 2020 e 2021 com a redução drástica da atividade turística. Temos de apostar em novos setores capazes de tornar a economia algarvia mais resiliente, mais atrativa e mais estável”, refere o cabeça de lista pelo PSD, Luís Gomes.
Para dar mais força à economia do Algarve, os candidatos do PSD propõem medidas como a aposta no setor das tecnologias de informação através da construção do cluster TIC no Algarve, partindo do Algarve Tech Hub.
O setor agrícola deve também merecer um especial destaque através da aposta em produtos como a laranja, os limões, a alfarroba, os figos e as amêndoas. Esta aposta permitirá criar mais riqueza e, ao mesmo tempo, mais postos de trabalho, mais duradouros e menos dependentes das condicionantes externas
Aproveitando as oportunidades que o mar oferece, deve ser criado um cluster ligado à economia azul como ferramenta crucial do desenvolvimento regional.