No âmbito das comemorações do Centenário da Professora Doutora Lauras Ayres, é criada pela Faculdade de Medicina e Ciências Biomédicas da Universidade do Algarve uma Lecture Anual dedicada à Saúde Pública. A primeira Lecture será no dia 30 de setembro, pelas 11h00, numa organização conjunta da UAlg e da Câmara Municipal de Loulé, e será proferida por Henrique Barros, presidente do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto.
Trata-se de uma palestra em homenagem à investigadora e professora de Saúde Pública, a louletana Laura Ayres, que permitirá valorizar e divulgar o trabalho e a investigação que se desenvolve atualmente nesta área.
Esta atividade, que acontece no Anfiteatro Verde, no Campus de Gambelas, destina-se a toda a comunidade académica, alunos e ex-alunos, comunidade médica e público em geral. Este será o ano inaugural mas pretende-se que esta Lecture venha a acontecer anualmente, passando a figurar como um evento da academia algarvia.
Recorde-se que as comemorações do centenário de Laura Ayres arrancaram no passado de 1 de junho e irão estender-se até maio de 2023. A realização de um seminário, em Loulé, de âmbito técnico-científico da saúde, ações de promoção e de educação para a saúde, com enfoque na área dos afetos e da educação para a sexualidade, ou a celebração do Dia Internacional das Mulheres e Raparigas na Ciência são algumas das iniciativas ainda previstas ao abrigo deste programa comemorativo.
Laura Guilhermina Martins Ayres nasceu em Loulé, na freguesia de São Sebastião, a 1 de junho de 1922, licenciando-se em Medicina pela Faculdade de Medicina de Lisboa em 1946, iniciando uma longa e prestigiada carreira, como virologista, epidemiologista e professora de Saúde Pública.
O seu mérito, como médica, como investigadora e como mulher de causas públicas, faz de Laura Ayres uma figura de particular relevância da nossa história contemporânea. O reconhecimento público e institucional valeu-lhe a atribuição, pelo Estado Português, das Insígnias de Oficial e Grã-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada, em 1990 e em 1992 respetivamente.
