Rebentamento de um pneu da viatura, em que os jogadores viajavam, obrigou a perder mais de duas horas e meia com reboque e substituição do carro. Tal situação implicou atrasos e falta de comparência em dois jogos e consequentes derrotas. Apesar das peripécias, o clube acabou por triunfar na prova em que participou. O capitão de equipa, José Pedro Oliveira, explica, ao ‘Litoralgarve’ o que aconteceu.
José Manuel Oliveira
A equipa de petanca do Clube de Instrução e Recreativo Rogilense, do concelho de Aljezur, constituída por José Pedro Oliveira, Pedro Oliveira e Luís Africano, venceu o torneio Internacional na prova de Consolação, disputado no passado sábado, dia 09 de Agosto, em São Pedro do
Estoril. A organização esteve a cargo do Clube de Petanca do Estoril e contou com 64 equipas de quatro países.
José Pedro Oliveira, capitão de equipa, ao ‘Litoralgarve’: “Ganhámos, com naturalidade, a uma série de cinco equipas – três do Estoril, uma de Lagos e outra de Faro”
Apesar do êxito alcançado, a participação dos atletas deste clube algarvio foi recheada de peripécias na estrada, com repercussões na competição, quando seguiam numa viatura a caminho daquele torneio de petanca. “Houve um furo num pneu do veículo, na zona de Grândola, no IC33, o que obrigou ao reboque e à substituição do carro, operação que demorou mais de duas horas e meia, com o consequente atraso na nossa chegada ao Estoril, onde se disputou este torneio. Como tal, acabámos por registar falta de comparência em dois jogos com equipas estrangeiras, o que correspondeu, oficialmente, a duas derrotas”, começou por contar, ao ‘Litoralgarve’, José Pedro Oliveira, capitão de equipa do Clube de Instrução e Recreativo Rogilense, com sede na localidade do Rogil.
Torneio com 64 equipas de Portugal, Espanha, França e Marrocos
Num torneio internacional que teve a participação de 64 equipas de Portugal, Espanha, França e Marrocos, o clube do concelho de Aljezur acabou por conseguir ultrapassar as peripécias e vencer, no terreno, cinco equipas nos jogos na prova de Consolação. “Ganhámos, com naturalidade, a uma série de cinco equipas – três do Estoril, uma de Lagos e outra de Faro”, destacou José Pedro Oliveira, sem esconder o seu natural orgulho.
“Não sabemos quais os resultados que poderíamos ter alcançado se tivéssemos participação em todo o torneio. O certo é que chegámos e ganhámos tudo o que havia para ganhar”
“Ficou-nos muito pena do imprevisto na estrada, com o furo num pneu da viatura em que seguíamos, mas também ganhámos motivação para a competição que nos esperava”
Litoralgarve – Como decorreram os jogos deste torneio ao Clube de Instrução e Recreativo Rogilense? Se não tivesse sido o incidente ocorrido na estrada, com um pneu furado, e o consequente atraso na chegada ao Estoril, onde decorreu a competição e duas derrotas por falta de comparência, qual poderia ter sido o resultado da participação da vossa equipa?
José Pedro Oliveira – Todos os jogos foram muito equilibrados, atendendo ao nível elevado da competição desta prova internacional. Ficou-nos muito pena do imprevisto na estrada, com o furo num pneu da viatura em que seguíamos, mas também ganhámos motivação para a competição que nos esperava.
Não sabemos quais os resultados que poderíamos ter alcançado se tivéssemos participado em todo o torneio. O certo é que chegámos e ganhámos tudo o que havia para ganhar. Isso é um facto.
“Dignificámos a nossa modalidade, que é a petanca. O nosso país tem tido cada vez mais participantes”
Litoralgarve – Que avaliação faz a este torneio?
José Pedro Oliveira – A avaliação é muito positiva, pois dignificámos a nossa modalidade, que é a petanca. O nosso país tem tido cada vez mais participantes. E é com muito agrado que vejo Portugal organizar esta prova de elevado nível internacional.
“Algumas equipas francesas e espanholas tiveram mais expressão” neste campeonato, além das portuguesas
Litoralgarve – Qual foi o melhor país participante?
José Pedro Oliveira – Além de nós, algumas equipas francesas e espanholas tiveram mais expressão no desenrolar do campeonato.
“As diferenças que sinto é que as equipas de outros países têm muitos mais apoios, patrocínios, tanto públicos, como privados, do que nós”
Litoralgarve – Quais as principais diferenças que nota entre o nível da petanca praticada em Portugal e nos clubes dos outros países participantes neste torneio – Espanha, França e Marrocos? A que se deve essa situação?
José Pedro Oliveira – As diferenças que sinto é que as equipas de outros países têm muitos mais apoios, patrocínios, tanto públicos, como privados, do que nós.
“França talvez seja o país que tenha mais títulos. Isto, apesar de países como o Madagascar, a Tailândia e outros países asiáticos também, neste momento, terem grande expressão” na petanca
Litoralgarve – Qual é o melhor país do mundo, com mais títulos em petanca?
José Pedro Oliveira – França talvez seja o país que tenha mais títulos conquistados. Isto, apesar de países como o Madagascar, a Tailândia e outros países asiáticos também, neste momento, terem grande expressão nesta modalidade.
“Há mais de 30 anos que se pratica esta modalidade no Rogil. Neste momento, contamos com 30 a 40 praticantes, 18 dos quais são federados”
Litoralgarve – Há quantos anos o Clube de Instrução e Recreativo Rogilense pratica petanca? Qual o número de praticantes? E que títulos já alcançou?
José Pedro Oliveira – O Clube de Instrução e Recreativo Rogilense já atingiu vários títulos regionais e várias participações em fases finais a nível profissional. Há mais de 30 anos que se pratica esta modalidade no Rogil. Neste momento, contamos com 30 a 40 praticantes, 18 dos quais são federados.
“Esta época tem-nos corrido de forma muito positiva (…) No dia 23 de Agosto, a nossa equipa vai participar no Primeiro Torneio de âmbito nacional em Torres Vedras”
Litoralgarve – Como tem decorrido o ano de 2025? E quais as competições em que vão participar até final desta época desportiva?
José Pedro Oliveira – Esta época desportiva tem-nos corrido de forma muito positiva. Participámos no Campeonato Regional, organizado pela Associação de Petanca do Barlavento Algarvio e Sudoeste Alentejano, e agora neste torneio internacional no Estoril.
No dia 23 de Agosto, a nossa equipa vai participar no Primeiro Torneio de âmbito nacional em Torres Vedras.
Um conjunto de três bolas custa 150 a 200 euros, mas os maiores encargos são as deslocações ao longo do ano
Litoralgarve – Quanto custa praticar petanca no Rogil? Quais os apoios?
José Pedro Oliveira – Para a prática da modalidade só necessitamos de comprar as bolas, as quais custam 150 a 200 euros. Trata-se de um conjunto de três bolas. Contudo, os maiores encargos do clube são as muitas deslocações ao longo de cada época desportiva.
O grande objectivo do clube do Rogil é “reafirmar a sua posição na petanca, modalidade em que já foi uma referência a nível nacional”
Litoralgarve – Quais os objectivos?
José Pedro Oliveira – O Clube de Instrução e Recreativo Rogilense tem como grande objectivo reafirmar a sua posição na petanca, modalidade em que já foi uma referência a nível nacional. É para isso que estamos cada vez mais empenhados nas provas em que participamos.
