Câmara Municipal de Faro (CMF) e a empresa municipal FAGAR assinaram, no passado dia 1 de junho, a “Declaração de Compromisso para Adaptação-Mitigação das Alterações Climáticas nas Águas”

A Câmara Municipal de Faro (CMF) e a empresa municipal FAGAR assinaram, no passado dia 1 de junho, a “Declaração de Compromisso para Adaptação-Mitigação das Alterações Climáticas nas Águas”.

Este é mais um passo da autarquia e da FAGAR, no sentido de continuar a promover medidas que visam o combate e a atenuação das consequências trazidas pelas alterações climáticas. «O compromisso expresso neste documento está já consignado no “Plano Municipal de Adaptação às Alterações Climáticas”», esclarece Rogério Bacalhau, Presidente da CMF, salientando, ainda, que «a autarquia tem tido uma preocupação transversal sobre a temática, que se consubstancia num aumento da sensibilização da comunidade em geral (e em particular dos mais jovens), procurando promover a mudança de comportamentos e a promoção de hábitos de respeito pelo planeta», tema também muito caro para a Fagar visto que “a sustentabilidade ambiental é uma temática do presente, decisiva para o futuro imediato e para as gerações vindouras”, enfatiza a vogal do Conselho de Administração, Teresa Santos, em representação da empresa.

Neste documento subscrito pela Câmara Municipal de Faro, Fagar e pela Associação Portuguesa de Distribuição e Drenagem de Águas (APDA), fica expresso o acordo das instituições que o assinaram, em trabalhar na «implementação de medidas de mitigação, entre as quais se destacam as relacionadas com a economia circular e com a melhoria da eficiência energética, hídrica e do aproveitamento dos recursos naturais, com o objetivo de diminuir a pegada de carbono».

Realça-se, ainda, a importância de «aplicar o melhor conhecimento e experiência em diagnosticar e prever os impactos que se geram na disponibilidade de água, tanto em qualidade como em quantidade e em fenómenos extremos como as secas e inundações, que estão a aumentar em frequência e intensidade e que afetam e afetarão de forma direta os serviços de abastecimento e saneamento».

Este compromisso, que tem sido assinado por diversas instituições portuguesas, a convite da APDA, vai, igualmente, ao encontro dos objetivos definidos nas várias estratégias europeias e nacionais relacionadas com o tema da água, nomeadamente o Acordo de Paris, o Pacto Ecológico Europeu, a Nova Estratégia da União Europeia para as Alterações Climáticas (na qual se inclui a nova Lei Europeia do Clima), o Programa de Ação para Adaptação às Alterações Climáticas 2020-2030, a Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas, entre outros.

A própria Organização das Nações Unidas (ONU) reconheceu a importância capital do sector da água, ao declarar, em 2010, o abastecimento e o saneamento como um Direito Humano e incluindo-os, em 2015, na Agenda 2030, como o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável número 6.

Em Portugal, a APDA, uma organização da sociedade civil com mais de 30 anos de existência, tem vindo a defender os interesses dos agentes responsáveis pelos sistemas de abastecimento de água e de saneamento de águas residuais, bem como de todos os demais intervenientes neste domínio, contando, na sua estrutura orgânica, com uma Comissão Especializada nas questões relacionadas com a adaptação às alterações climáticas. Este organismo trabalha na sensibilização para estas matérias, bem como na disponibilização de informações e ferramentas destinadas à melhoria dos modelos e capacidade de resposta/ajuste dos serviços deste setor.