O Centro Cultural de Lagos recebeu, esta terça-feira, a cerimónia solene de instalação dos novos órgãos autárquicos do município, eleitos no passado dia 12 de outubro. O ato marcou o início do mandato 2025-2029 e contou com a presença de antigos autarcas, representantes de entidades locais e regionais, familiares, amigos e munícipes que quiseram testemunhar o arranque de um novo ciclo político em Lagos.
O novo executivo municipal é presidido por Hugo Miguel Marreiros Henrique Pereira, eleito pelo Partido Socialista, que foi reconduzido no cargo. A equipa camarária é ainda composta por Gilberto Repolho dos Reis Viegas e Nuno Pedro dos Santos Borges Marques, ambos eleitos pela coligação AD (PSD/CDS), Paulo Jorge Correia dos Reis, Sara Maria Horta Nogueira Coelho e Luís Alberto Bandarra dos Reis, eleitos pelo PS, e Paulo Jorge do Rosário Dias, eleito pelo CHEGA.
A sessão iniciou-se com um momento musical a cargo do Conservatório de Música e Artes de Lagos, representado pelo Grupo de Música de Câmara da classe do professor Ricardo Batista, com a participação de Mafalda Vieira e Tito Erenbourg. Este momento cultural, que já é tradição em atos solenes do município, procurou valorizar o papel do associativismo local e a importância da formação artística e cultural na vida da comunidade.
No discurso inaugural, o presidente Hugo Pereira começou por dirigir uma palavra de apreço aos quatro presidentes de Câmara que o antecederam nas funções e de reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelos vereadores do anterior executivo. Manifestou também a sua gratidão aos eleitores que confiaram na sua reeleição, considerando o resultado eleitoral uma vitória dos valores da solidariedade, igualdade, liberdade, democracia, desenvolvimento socioeconómico e sustentabilidade. O autarca prometeu “continuar a trabalhar convictamente pelas pessoas, sem sombra de discriminação”, sublinhando a intenção de manter uma convivência saudável e profícua com os restantes órgãos autárquicos.
Hugo Pereira destacou ainda algumas das áreas prioritárias do novo mandato, nomeadamente a habitação, a saúde e o bem-estar, a educação e a juventude, a economia e o emprego, o desporto, a cultura e o património, as infraestruturas, a mobilidade e o ambiente, a modernização administrativa, a proteção civil, a segurança e o bem-estar animal.
Também Maria Joaquina Matos, presidente cessante da Assembleia Municipal, usou da palavra para manifestar o seu entusiasmo com o novo ciclo político, considerando o momento como de continuidade, balanço e renovação. Na sua intervenção, lembrou a instabilidade e imprevisibilidade da atual conjuntura nacional e internacional, referindo que “a filosofia da força da razão está a ser desconsiderada e ultrapassada pela razão da força, onde manda o mais forte”. Reforçou ainda que a grande virtude do Poder Local Democrático é aproximar o Estado dos cidadãos, concluindo que “servir o Poder Local é servir a Democracia na forma mais completa de todas”.
Após a instalação dos novos órgãos autárquicos e a apresentação de cumprimentos aos empossados, realizou-se a primeira reunião da Assembleia Municipal, na qual foi eleita a nova mesa. A presidência passou a ser assumida por Maria Paula Dias da Silva Couto, tendo como secretários Sónia Cristina Ramos Pires Guimarães de Melo e José Manuel da Silva Jácome.










