“Foi uma noite movimentada, semelhante à passagem-de-ano de 2023 para 2024”, afirmou, ao ‘Litoralgarve’, Ângelo Mariano, coordenador, em Lagos, da ACRAL – Associação de Comércio e Serviços da Região do Algarve, apontando para um consumo de “cem por cento” nesses estabelecimentos. Na via pública, via-se lixo espalhado por todo o lado, sobretudo copos e garrafas de cerveja.
José Manuel Oliveira

A passagem de ano de 2024 para 2025 juntou “6.000 a 7.000 pessoas” na Avenida dos Descobrimentos, em Lagos, na Praça do Infante Dom Henrique e em ruas e noutros espaços públicos situados nessa zona, “só ver o fogo-de-artifício lançado à meia-noite”, disse, ao ‘Litoralgarve’, Ângelo Mariano, coordenador da Associação do Comércio e Serviços da Região do Algarve (ACRAL), neste concelho. “Foi uma noite movimentada, semelhante à passagem-de-ano de 2023 para 2024”, observou aquele responsável, apontando para um consumo de “cem por cento” em bares e restaurantes.
“Os bares funcionaram ao nível de uma das melhores noites de fim-de-ano”
“Os bares funcionaram ao nível de uma das melhores noites de fim-de-ano”, destacou Ângelo Mariano, enaltecendo o facto de “não se terem registado problemas” entre as pessoas. “Houve [o lançamento de] alguns petardos, o que é normal nestas ocasiões de festas, além de muito lixo na via pública”, acrescentou o dirigente da ACRAL.
José Cabral, morador em Lagos: “Havia milhares de pessoas de pé, entre portugueses, muitos espanhóis e ingleses, sobretudo, além de outras nacionalidades”, à meia-noite, quando foi lançado o fogo-de-artifício
Também José Cabral, residente em Lagos, mostrou-se satisfeito com a passagem-de-ano de 2024 para 2025, nesta cidade. “Estive a jantar com um grupo de amigos, num restaurante, e antes da meia-noite dirigi-me para a Avenida dos Descobrimentos, a fim de assistir ao lançamento do fogo-de-artifício. Havia milhares de pessoas de pé, entre portugueses, muitos espanhóis e ingleses, sobretudo, além de outras nacionalidades”, contou, ao ‘Litoralgarve’, aquele lacobrigense.
“Vi um bom ambiente, tudo ordeiro, sem quaisquer excessos que são próprios de quem ingere bebidas alcoólicas em demasia”
“Depois – acrescentou – estive em dois bares, um quais se situa na Rua Soeiro da Costa. Também como estes estabelecimentos, os outros bares da cidade estavam cheios de gente, com muito consumo, nomeadamente cerveja. Vi um bom ambiente, tudo ordeiro, sem quaisquer excessos que são próprios de quem ingere bebidas alcoólicas em demasia. Correu tudo bem.”
“Oxalá que as noites assim continuem em Lagos durante todo o ano de 2025”
“Até à hora em que regressei a casa, depois das 02h30 da madrugada, vi uma boa passagem-de-ano, com tudo muito positivo, sem confusões, ao contrário do que sucedeu outros anos”, afirmou José Cabral. E a concluir, expressou um desejo: “ Oxalá que as noites assim continuem em Lagos durante todo o ano de 2025”.
“É para acabar!”, ordenou, pouco depois das 02h20, um agente da PSP de Lagos a um vendedor de um ‘stand’ de farturas e churros, já que o funcionamento só era permitido até às 02h00 da madrugada
Pouco depois das 02h20, como o ‘Litoralgarve’ presenciou no local, um agente da Esquadra de Lagos da Polícia de Segurança Pública (PSP) aproximou-se de um ‘stand’ destinado à venda de farturas, churros e bebidas, instalado na Avenida dos Descobrimentos, ordenando ao proprietário: “É para acabar!”. Isto, porque o horário só permitia o funcionamento destas ‘barraquinhas’ até às 02h00 da madrugada. Numa altura em que, ainda, havia dois clientes, o comerciante despachou o pedido efectuado pelo primeiro, que tinha chegado antes do polícia, ao ‘stand’ para comprar um churro, ainda quente, e levá-lo para casa.
Em seguida, o agente da PSP retirou-se, tal como sucedeu com outros polícias que estavam de serviço na zona, envergando coletes bem visíveis. No entanto, o ‘stand’ dos churros manteve-se aberto, com arrumações e limpezas, e só não foram vendidos mais produtos disponíveis porque já não havia clientes. O mesmo sucedeu em relação a outras ‘barraquinhas’, onde eram vendidas cervejas por dois euros e garrafas de água por um euro 1,50 euros. A poucos metros de distância, estavam instaladas 14 casas de banho amovíveis.
“Já não temos nada, vendeu-se tudo”, disse, ao ‘Litoralgarve, uma comerciante de filhoses, farturas e churros, admitindo, mesmo assim, que “no ano passado, o movimento esteve melhor”
“Esta noite está fria”, notou, numa altura em que o termómetro da Farmácia Telo marcava nove graus centígrados
Num outro ‘stand’, também destinado à venda de filhoses, farturas e churros, uma senhora disse: “já não temos nada, vendeu-se tudo.” Mesmo assim, admitiu à reportagem do ‘Litoralgarve’, que, “no ano passado, o movimento esteve melhor”. “Esta noite está fria”, notou a vendedora, enquanto, noutro lado, o termómetro instalado no exterior da Farmácia Telo, a poucos metros de distância da Igreja de Santa Maria, marcava nove graus centígrados.
Elementos dos Bombeiros Voluntários de Lagos e da Proteção Civil Municipal, colocados de prevenção entre o Mercado de Escravos e a Messe Militar, deixaram o local pouco depois das 02h00 da madrugada, sem registo de incidentes
Entre o edifício no qual se situa o Mercado de Escravos e o da Messe Militar, na Praça do Infante Dom Henrique, onde estavam de prevenção, numa zona perto de bares, vários operacionais dos Bombeiros Voluntários de Lagos e elementos da Proteção Civil Municipal, com o apoio de viaturas, acabaram por deixar o local pouco depois das 02h00. Sem registo de qualquer problema, pelo que nos foi possível apurar, e numa altura em que nem havia animação musical na via pública.
O concerto do popular compositor e cantor português, conhecido por Richie Campbell (Ricardo Dias de Lima Ventura da Costa, de 38 anos, nascido em Caxias, no dia 25 de Novembro de 1986) e residente na zona de Cascais, tendo feito sucesso a nível internacional, com álbuns através da Internet, conseguiu juntar milhares de pessoas na Praça do Infante Dom Henrique, até à meia-noite. O artista local ‘Michie’ esteve na abertura do espectáculo. E o disco-jockey ‘Rhythm’ reforçou a animação no início de 2025.
Muita gente junto a bares … e um petardo
Já junto aos bares situados na Travessa da Senhora da Graça, onde mesmo à nossa frente acabou por rebentar um petardo (engenheiro pirotécnico, tipo ‘bombinha’), e na Rua 25 de Abril de 1974, muitas pessoas, na sua maioria jovens, conviviam e ingeriam bebidas alcoólicas, sobretudo cerveja, com “votos de Bom Ano”. Circular a pé naquelas zonas só mesmo pedindo licença a quem se divertia na via pública, ou aguardava a entrada em estabelecimentos de diversão nocturna, como o ‘Nox’ e o ‘Bom Vivant’, entre outros. Mas tudo decorreu sem problemas entre as pessoas, pelo menos até cerca das 03h00 da madrugada do primeiro dia do Novo Ano, quando o ‘Litoralgarve’ saiu desse local.
Copos, garrafas de cerveja, de água, sumos, espumante e refrigerantes, espalhados na Avenida dos Descobrimentos, obrigaram a precauções redobradas dos condutores de viaturas
Na Avenida dos Descobrimentos, os carros circulavam com muita precaução (e até alguma dificuldade) devido à acumulação de garrafas de espumante vazias, de cerveja, de água, latas de refrigerantes, além de frascos de sumos, a que se juntavam copos de plástico e outros, e papéis, ali espalhados durante a passagem-de-ano e o lançamento do fogo-de-artifício. Também na Praça do Infante Dom Henrique, lixo era o que não faltava por todo o lado. Dois contentores instalados junto à Igreja de Santa Maria, iluminada nesta quadra festiva, estavam a abarrotar. É que a poucos metros encontrava-se instalado o palco, onde tinha decorrido o espectáculo musical. Curiosamente, e ao contrário do que sucedeu no ano passado, na estátua do Infante Dom Henrique, desta vez havia menos garrafas e copos de cerveja e de outras bebidas, deixadas por quem ali se foi despedir de 2024 e festejar a entrada em 2025.
“Foi uma noite calma”, garantiu, ao nosso jornal, fonte ligada à segurança em Lagos.










